Estados Unidos autorizado pelo governo desde 2009 a operar 43 rádios no Brasil

Mas ninguém até hoje não sabia de nada. Faz sentido. O governo era de Lula na ocasião. Passou o cetro para Dilma Rousseff, a qual pelo visto, sabia menos ainda. Ministro das Comunicações, idem. O interlocutor da presidência, tampouco. Quando será que deixaremos de perguntar: Que país é este?

O Diário do Poder publicou na edição de hoje, 13-07, Escândalo: EUA operam 43 rádios no Brasil .

Bandas autorizadas pela ANATEL segundo o Diário (click na imagem):

 

Radios Americanas no Brasil

 

No escândalo da espionagem do governo dos Estados Unidos no Brasil, uma descoberta inquietante do portal DiariodoPoder.com.br: os americanos exploram 43 frequências de rádio em quatro estados brasileiros. As bandas custaram uma ninharia ao governo americano, em 2009: apenas R$ 16,9 mil.

Está autorizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a explorar as rádios até 2019.

 

 

BEM-VINDA SEJA ENTRE NÓS A CRISE EUROPÉIA

(Janer Cristaldo)

Leio nos jornais que a crise na Europa e Estados Unidos poderá ser tema de redação na segunda fase da Fuvest. Se aluno fosse, eu responderia com um solene “vai pra pqtp”. Se nem economistas e jornalistas da área conseguem entender a tal de crise, como pedir isto a um jovem que certamente nem conhece a Europa? O máximo que ele poderá fazer é repetir as bobagens que os jornais escrevem sobre a crise.

Nada entendo de economia. Mas viajo bastante e comparar é algo que está ao alcance de qualquer mortal. Em 2010, decidi visitar a Irlanda. Não vai – me diziam amigas – o país está em crise. Fui, vi e voltei. Em Dublim, vi ruas cheias de gentes, felizes e bem vestidas, consumindo nos cafés, restaurantes e lojas. Se tentava entrar em um pub, às cinco da tarde, tinha de empurrar a multidão com os ombros. Bati pernas pela cidade toda e só vi um mendigo. Sentou-se na rua, longe de qualquer abrigo, recebendo toda a neve que caía no corpo. Queria comover. Se isto é crise, bem-vinda seja ao Brasil.

A França é a bola da vez, dizia-me um bom amigo em Paris. Será? Estive em Paris há dois meses e não vi sinal algum de pobreza iminente por lá. Fala-se em crise na Espanha. Tente entrar em um restaurante reputado à las dos del mediodía, como dizem os madrilenhos. Está regurgitando de gente e você ainda arrisca fila de espera. Não são turistas que lá estão celebrando a bona-xira. Mas espanhóis.

Não ousaria emitir qualquer palpite sobre a Grécia, não vou lá há mais de dez anos. Mas duvido que os gregos estejam pedindo esmolas aos turistas na Plaka ou no Partenon, em Mikonos ou Santorini.

Segundo o The Guardian, o Brasil ultrapassou a Inglaterra no ranking de maior economia do mundo, ficando em sexta posição. É a primeira vez que o país britânico fica atrás de uma nação sul-americana – proclamam orgulhosos nossos jornalistas. Isso se deveria ao crescimento brasileiro próximo a 3,5% que faz com o que o PIB, a soma das riquezas nacionais, some US$ 2,4 trilhões, ligeiramente à frente do britânico.

Pode ser. Mas você não vai ver nas ruas de Londres a miséria que vemos nas ruas das metrópoles brasileiras. De que serve conquistarmos a sexta posição na economia mundial se temos 11,4 milhões de favelados? Coincidentemente, esta é a população de toda a Grécia.

Que o padrão de vida europeu está diminuindo, sobre isto não há dúvida alguma. O tempo para aposentadoria está aumentando em vários países e os benefícios sociais mermando. Mas é bom lembrar um custo que a Europa carrega nos ombros, os milhões de imigrantes hostis que parasitam a previdência. As gerações atuais obviamente não gozarão do conforto e facilidades de seus pais e avós. Mas ainda podem passar suas férias nas ilhas gregas ou canárias.

Entusiasmado com a notícia de que o Brasil desponta como a sexta economia do mundo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, andou dizendo mês passado que o país poderá demorar de dez a vinte anos para fazer com que o cidadão brasileiro tenha um padrão de vida semelhante ao europeu. Sem nada entender de economia, diria que isto é possível. Basta que a Europa continue empobrecendo nos próximos dez ou vinte anos. Aí o Brasil empata.

A imprensa brasileira, em seu afonsocelsismo tardio, adora ver miséria no Primeiro Mundo. O emergente Brasil desponta glorioso no concerto das nações, enquanto a velha e decadente Europa empobrece. Esta mania também é extensiva a nossos vizinhos.

Em meados de 1989, fomos bombardeados, por dezenas de fotos e filmes vindos da Argentina, mostrando filas de gente com fome, supermercados saqueados e vitrines em estilhaços. Tais fotos e filmes, somadas à queda brutal do austral e a uma inflação projetada de 24 mil por cento ao ano, nos davam a idéia de um país falido. O telespectador tupiniquim, ante tal quadro, sorria com seus botões: cá no Brasil, só estão faltando leite, filé e azeite. Acontece que, entre fatos e fotos, há mais distância do que sonha nossa vã fotografia.

Entrei na Argentina no dia 14 de maio daquele ano, data das eleições que levaram ao poder, sem necessidade de segundo turno, o peronista Carlos Menem. Às oito da noite, os peronistas com seus bumbos tomaram as ruas celebrando a vitória e pedindo a renúncia de Alfonsín. Dia seguinte, acelerava-se a queda do austral. Nos supermercados, os argentinos olhavam os novos preços com desalento.

Dia 19 de maio, guiado por um portenho apaixonado por sua cidade, percorri a noite buenairense. “Quero mostrar-te as diferentes faces da crise”, disse-me. Jantamos na Costanera, onde os restaurantes se sucedem, um ao lado do outro. A fome ali era uma realidade palpável: apesar dos salões imensos com duzentas ou mais mesas, os argentinos se amontoavam em filas esperando uma mesa vaga.

Giramos depois pelos cafés de Belgrano, Palermo e La Recoleta. Passava de meia-noite e Buenos Aires nada ficava a dever a Madri numa noite de verão. Por mais fotos que os jornais publicassem, nenhum me convenceu que a Argentina havia empobrecido naquele mês.

Em Paris ou Nova York, todos os dias, milhares de pessoas entram em filas para receber comida de graça. Jamais vi fotos dessas filas, e isso que leio dois ou três jornais por dia. E mesmo que as visse, jamais me ocorreria pensar que a França ou os Estados Unidos passaram a integrar, do dia para a noite, o time do Terceiro Mundo. Da Argentina também nos chegavam fotos de saques em supermercados. Impossível negar a evidência de tais saques, se bem que me soa estranho ver pessoas famintas levando terminais de computadores para comer em casa. Foi o que aconteceu recentemente em Londres.

A mesma percepção está ocorrendo hoje em relação à dita crise européia. Sem que sequer existam saques em supermercados. Mas falava da redação da Fuvest.

Fosse eu candidato, com o que conheço de mundo, a resumiria numa única frase: bem-vinda seja entre nós uma crise como a européia.

– Enviado por Janer @ 10:48 AM

Urgente: Pesquisa da ONU

(A ONU enviou uma carta para cada país com a pergunta:)

– “Por favor, diga honestamente qual é a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo”.
A pesquisa foi um fracasso. Os Europeus não entenderam o que era ‘escassez’, e os africanos não sabiam o que era ‘alimento’.
Os cubanos não entenderam o que era ‘opinião’, e os argentinos o significado de ‘por favor’. Os norte americanos nem imaginam o que seja ‘resto do mundo’.
O congresso brasileiro está debatendo sobre o que é ‘honestamente’.

Fonte: Internet

Os Tratamentos de Câncer de Chávez e de Lulla

 (Por Raymundo Araujo Filho no CMI) 

-Reitero que não desejei que Lulla adoecesse e nem desejo a sua morte, a não ser por causas naturais, ou quem sabe, “atropelado” por algum processo revolucionário.
 
A nosologia dos cânceres nos reportam a três causas principais. A primeira nos é dada pela contínua contaminação dos organismos por agentes externos, tipo venenos e substâncias tóxicas de várias origens, causando uma deformação de células, as hipertrofiando e degenerando os tecidos corpóreos. 

A outra (e esta os homeopatas e outras medicinas que não a mecanicista alopática) diz respeito a estados mentais que variam da depressão crônica, a estados de hipertrofia do ego, dando a sensação de intocabilidade do corpo, própria daqueles que se acham acima dos demais seres humanos. Nestes casos, após alguma débâcle, perda de poder ou posição social ou financeira, ou mesmo de um resultado advindo de estados mentais muito hipertrofiados, de forma obssessiva para algum comportamento (rigor moral exagerado e distorcido, cuidados e fobias variadas, execessivas, etc…) 

A terceira, diz respeito a carga genética que trazemos, sendo que estas variam em grau e são acionadas quanto mais os outros itens se manifestem. Isso tudo, a grosso modo. 

Assim, Lulla que nunca demonstrou o menor cuidado com a sua saúde (a não ser os convencionais, muito mais “curativos” do quer preventivos, acaba de ser “premiado” com um câncer na Laringe. Fumante de charutos e cigarros. Bebedor de álcool em boa escala (para ser generoso com ele), alimentando-se de alimentos repletos de gorduras, associado ao seu visível sedentarismo, certamente são as causas mais prováveis neste ex presidente que, ao contrário da maioria do Povo que (des)governou, tem todos os meios para ser mais saudável. 

Já o câncer de Chávez, se não foi obra da CIA, (afinal, ao contrário de Lulla é considerado inimigo dos EUA), tem também algumas das causas acima relacionadas. 

Mas, Chávez foi se tratar em Cuba, país pobre, mas com excelente medicina, como todos sabem (mas alguns direitistas relutam em aceitar), desfrutando de um benefício, mas que, antes dele, cerca de 40 mil venezuelanos desfrutaram e desfrutam anualmente, através de conhecido convênio entre os dois países, e pela primeira vez na história, trocando serviços (saúde) por petróleo, em vez de dinheiro vivo e pago à vista, como é norma internacional, do mundo capitalista. 

Ao que parece, para a tristeza de muitos, o tratamento de Chávez está sendo de pleno êxito, motivo pelo qual ele nem respondeu ao oferecimento arrogante e anti ético que DILLma lhe fez para se tratar no Brasil, não pelo SUS, mas no Hospital Sírio Libanês, da elite brasileira, e onde pobre só entra para ser cobaia, ou servir de troféu, para dizerem que o Hospital que recebeu a maior grana do governo atende pobres. 

Chávez foi digno com seu povo e foi se tratar no mesmo lugar que o povo venezuelano pode usufruir, em várias especialidades (oftalmologia, ortopedia, vitiligo, entre outras), e antes dele. 

Já Lulla, acaba de ser diagnosticado agora com câncer, o foi no hospital Sírio Llibanês (aquele que Chávez cagou um monte), em vez de recorrer ao SUS para onde mandou o povo brasileiro durante anos, cada vez cortando mais verbas da saúde, cujo resultado vemos nos últimos números, que revelam a porcaria e iniqüidade que se encontra este setor no Brasil, malgrado o voluntarismo e dedicação de muitos profissionais da saúde, apesar de não receberem um só aumento na última década, praticamente. Além de verem os seus institutos, literalmente irem para o saco, na sanha privatizante também de Lulla, seguindo as regras do capitalismo internacional, exatamente como seus antecessores e como DiLLma se posiciona (de quatro). 

Espero que Lulla não morra desta terrível doença. Sempre temos a esperança que seres como ele, acostumados a dizerem uma coisa e fazerem outra, insiram neste seu processo em busca da cura de uma doença grave e mortal, uma baita reflexão sobre seus atos políticos, de governo, de suas traições, de roubos pura e simplesmente, do dizer uma coisa e fazer outra, enfim, que reflita em seu processo de cura, no câncer que este cabo Anselmo representa para o Brasil. 

Caso contrário, que vá se tratar no SUS, prá ver o que é bom prá tosse, digo, pro seu Câncer. Leiam as estatísticas do SUS-Câncer no próprio portal do governo federal –  http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/10/26/tcu-mostra-fracasso-do-sus-no-tratamento-contra-cancer 

EUA prendem empresário envolvido no caso que derrubou Erenice

A polícia dos EUA prendeu na semana passada o empresário brasileiro Roberto Ribeiro, apontado como dono de contas bancárias que receberiam dinheiro arrecadado na intermediação de negócios com a União, no episódio que levou à demissão da ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil) em 2010.

Ribeiro, acusado de contrabando de cigarros e lavagem de dinheiro, é genro do ex-diretor dos Correios Marco Antônio Oliveira, que foi apontado como integrante do grupo que intermediava os negócios.

Ex-diretor dos Correios depõe por três horas na Polícia Federal

A Justiça determinou ainda o bloqueio de US$ 19 milhões (cerca de R$ 35 milhões) em contas e bens de Ribeiro e suas empresas. Ele é dono de uma importadora de cigarros e de uma das maiores locadoras de carros de luxo dos EUA, em Miami.

O nome de Ribeiro surgiu em depoimento do consultor Rubnei Quícoli, que tentava obter financiamento do BNDES para uma empresa.

Como a Folha revelou, a empresa Capital, dos filhos da então ministra Erenice, intermediava o negócio. Todos negam irregularidades.

Segundo os papéis em posse do consultor, a Capital pediu R$ 240 mil em seis parcelas mais 5% sobre o total a ser liberado pelo banco. A EDRB pretendia obter R$ 9 bilhões do BNDES.

Marco Antônio é tio de outro sócio da Capital, o advogado e ex-servidor da Casa Civil Vinícius Castro. A denúncia levou à queda da ministra no dia em que foi divulgada pela Folha.

Quícoli afirmou que Marco Antonio, um dos supostos negociadores do empréstimo, o orientou a depositar dinheiro em contas controladas por Ribeiro em Hong Kong.

Quícoli e Ribeiro confirmaram à Folha terem se reunido em um hotel em São Paulo para discutir negócios, mas o empresário nega que tenha discutido o pagamento de propina.

“Enviei as informações bancárias a pedido do sr. Quícoli, para o mesmo checar com seu banco a possibilidade de fazer negócios com uma ou outra”, escreveu Ribeiro à Folha na época. Quícoli recebeu das mãos de Ribeiro um cartão da Belcorp of America, registrada em nome dele na Flórida.

O suposto esquema de Ribeiro nos EUA, segundo o inquérito, efetuou centenas de transações que visavam dissimular a origem de dinheiro e bens. O dinheiro entrava numa das contas e saía no mesmo dia. Foram cinco anos de investigação, que contou com agente infiltrado nos negócios de Ribeiro e escutas telefônicas.

As investigações também identificaram indícios de uso de offshore para ocultar bens e negócios suspeitos com um brasileiro de Las Vegas. A casa de Ribeiro em Orange County foi invadida na operação.

A Folha tentou localizar advogados de Ribeiro hoje, sem sucesso. Também enviou e-mails a uma de suas empresas, mas não houve resposta. A reportagem não conseguiu localizar o sogro dele nem outros familiares.

Califórnia impõe ditadura alimentar

(Janer Cristaldo)

Estou voltando à Europa e, como não poderia deixar de ser, com uma perna em Paris. Vou com alguns objetivos, mas com um muito específico: comer um camembert no Procope. A lembrança de um que lá comi em dezembro passado é um poderoso impulso para voltar. É um queijo tinhoso, exige uma certa educação do palato. Não adianta muito comê-lo aqui, o camembert não viaja bem.

Se seu sabor não resiste após três ou quatro dias, seu odor persiste. Tenho um amigo que sempre me brinda com um camembert quando volta de Paris. Para espanto da Cristina, minha assessora de assuntos domésticos. A cada vez que encontra um aqui em casa, me avisa: “Professor, tem algo podre na geladeira”. Deixa pra lá, Cristina, é isso mesmo.

Nos anos em que vivi em Paris, houve uma sórdida campanha na Europa – liderada pela Alemanha, se bem me lembro – contra os queijos não pasteurizados. O alvo, me pareceu, era o camembert. Como me dizia um amigo francês, “só se for sobre meu cadáver”. Queijo bom é aquele que, quando a gente vai cortar, ele sai andando. Durante séculos, a Igreja proibiu uma das boas coisas da vida, os prazeres da carne. (Falo da carne humana, não bovina ou suína). Hoje, vemos todos os dias o Estado tentando interferir nos outros prazeres, o da carne animal.

Enquanto a Associação Médica da Califórnia anuncia ter adotado uma política oficial que recomenda a legalização e a regulamentação da maconha, em oito meses a Califórnia será o primeiro Estado dos EUA a criminalizar o foie gras. Leio no El País que, decorrido esse prazo, os californianos terão de viajar mais além das linhas de demarcação estatais. A partir de julho de 2012, entrará em vigor uma lei que proíbe vender ou servir nos restaurantes esta iguaria, por crueldade no tratamento aos patos e gansos para que seus fígados engordem até converter-se em uma carne de luxo.

A legislação não é nova. Segundo o jornal, data de 2004 e foi assinada pelo então governador Arnold Schwarzenegger e apoiada por celebridades como Paul McCartney. Aos produtores foram concedidos quatro anos de prorrogação para que encontrassem uma técnica alternativa à que se usa, que consiste em forçar alimento várias vezes ao dia às aves para engordar artificialmente seus fígados. Como não foi encontrado método alternativo, o foie gras não mais estará nos cardápios no verão que vem. Ou seja, o aval de um roqueiro drogado está fazendo legislação nos Estados Unidos.

Daí a proibir o consumo das ostras, só falta um passo. Coitadinhas, são comidas vivas e ainda submetidas a uma aspersão de limão. Proíbam-se também as angulas, um dos pratos mais reputados da culinária espanhola. As pobrezinhas são mortas com tabaco. E, se os californianos forem coerentes, proíba-se o consumo de todo e qualquer animal, afinal a morte é sempre um sofrimento. O budismo está se impondo aos ianques. A tradição budista é vegetariana. Devemos tentar diminuir o sofrimento que causamos ao viver. Adeus filé, adeus picanha, adeus fraldinha. Que morram os vegetais.

Malucos estão querendo impor no mundo todo seus dogmas alimentícios. Que judeus, árabes e hindus os cultivem, por razões religiosas, azar o deles. Daí que queiram impor aos demais cidadãos tais dogmas, já é ditadura alimentar. Os frangos produzidos para abate também sofrem desconforto semelhante ao dos patos e gansos. E daí? Vão proibir também o consumo de frangos?

Preceitos alimentares são importantes para fanáticos e estão na origem da independência da Índia. Não sei se o leitor ouviu falar de The Rising: Ballad of Mangal Pandey, filme de Ketan Mehta, de 2005, um épico indiano sobre episódio real ocorrido no século XIX, uma revolta, em 1857, contra os colonizadores ingleses. Dela fez parte Mangal Pandey, um soldado a serviço da Companhia da Índia Oriental – uma das empresas britânicas mais poderosas a operar na colônia, tão poderosa que tinha a sua própria milícia, supervisionada pelo exército de Sua Majestade. E por que a revolta?

Porque o exército inglês havia decidido trocar de rifles, e os novos rifles tinham um cartucho que precisava ser cortado com os dentes. Como era besuntado com gordura de porco e de vaca, mexeu com o brio dos indianos, tanto hinduístas como muçulmanos. Para os indianos, carne de vaca era tabu. Para os muçulmanos, tabu era a carne de porco. Mangal Pandey rebelou-se contra a determinação dos britânicos. Enforcado, virou um proto-mártir da independência da Índia.

Para algo serviu Pandey. Mas mostra como podem ser poderosos, por razões religiosas, os hábitos alimentares. No Ocidente, teoricamente, estamos livres de tais dogmas. Ou talvez não, como pretende a Califórnia. Só o que faltava privar-se do foie gras, porque patos e gansos são alimentados à força.

Se o pecado, séculos atrás, era o sexo, hoje passou a ser a gula.

Dilma e a sessão de abertura da Assembléia da ONU

A fala inicial da presidente brasileira ao contrário do que muitos entendem, não foi por qualificação, agraciamento ou qualquer outro tipo de prêmio político. Desde 1947, quando o grande estadista Oswaldo Aranha, foi indicado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, para chefiar a Missão Brasileira, naquele organismo internacional, o Brasil após ter tido reconhecimento mundial com a eleição de Oswaldo para Presidente da ONU (reeleito em 1948), que um presidente brasileiro abre a sessão solene de abertura daquela assembléia.

Vejo nessa saudação, uma das vozes com reticência. O fato contingencial arregimentar que alude conflito de gênero ao insistir no apoderamento feminino como solução de gestão nas esferas dos governos e empresariais privados.

É preciso balizar a métrica dos sentimentos, emoções e ideologias, sem apologia, com lógica de capacidade individual, e não de classe, nas mais diversas categorias.

Perceptivelmente, classistas já levantam a bandeira dilmofeminista no calor entusiasta da emoção edulcorada por palavras de ordem, esquecendo do lado malandro da presidente.

Bastou uns “mulheres acima de tudo”, para que as decepções se diluíssem como por encanto.

A posição que se espera de um presidente é que ele administre o país desenvoltamente sem se dobrar aos malefícios oriundos do partilhamento do poder com os asseclas aliados.

Numa honesta administração os espaços técnicos são preenchidos por gente competente independentemente do sexo. Auxiliares diretos, idem. Nos outros escalões, os concursos públicos dizem quem assume os cargos que justificaram a disputa. Competência é comum nos dois gêneros da mão de obra trabalhista. Pode ou não ser renhida. Que assuma o mais capaz, sem qualquer “reserva de cotas”.

Vice-Deus é equiparado a criminosos de guerra

(Janer Cristaldo)

– Há horas venho defendendo a necessidade de denunciar Sua Santidade Bento XVI ao Tribunal Penal Internacional ou à Corte de Haia, por crimes contra a humanidade. (Leia artigo abaixo, publicado há dois anos). Pois o que era um desejo quase utópico acaba de acontecer. Uma associação americana de vítimas de padres pedófilos anunciou nesta terça-feira que apresentou uma queixa ao Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o papa Bento XVII e outros dirigentes da Igreja católica por crimes contra a humanidade.

As razões da entidade americana são outras que não as minhas. Eu responsabilizava a tacanha política vaticana de proibição dos preservativos nos países africanos com grandes contingentes católicos como a causa de um verdadeiro genocídio. Segundo dados de 2006, dos 39,5 milhões de acometidos pela Aids no mundo, 25 milhões estão na África subsaariana. Em 2009, em uma visita a Iaundé, capital do Cameroun, um dos países africanos mais devastados pela peste, Bento afirmava que o problema da Aids não pode ser resolvido pela distribuição de preservativos e o uso destes só serve para agravar o problema.

Mais seguro que o preservativo, só a abstinência. Ora, abstinência é utopia. E isto os eunucos do Vaticano jamais entenderão.

As razões dos americanos são outras, dizia. Os dirigentes da associação Snap, orientados pelos advogados da ONG americana “Centro para Direitos Constitucionais”, entraram com uma ação para que o papa seja julgado por “responsabilidade direta e superior por crimes contra a humanidade, por estupro e outras violências sexuais cometidas em todo o mundo”.

A Snap tem membros nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Bélgica, quatro países muito afetados pelo grande escândalo de pedofilia que envolve a Igreja. “Crimes contra a dezenas de milhares de vítimas, a maioria crianças, foram escondidos pelos líderes nos mais altos níveis do Vaticano. Neste caso, todos os caminhos levam a Roma”, declarou a advogada Pamela Spees.

O abuso de crianças pelos sacerdotes de Roma – que envolveu até bispos e cardeais – assolou o planeta, dos Estados Unidos à Europa, da Irlanda a Viena, da Holanda à Bélgica, da Alemanha à Itália, da França à Espanha. Em carta dirigida aos fiéis irlandeses, em março do ano passado, Sua Santidade se dizia envergonhada pelos abusos cometidos no seio da Igreja Católica da Irlanda. Criticava ainda a postura das autoridades eclesiásticas dessa diocese e ordenava aos bispos que ajudassem as autoridades civis.

“Expresso abertamente a vergonha e o remorso que todos provamos”, disse então o Papa, esclarecendo às vítimas que este também é um “grande dano” à Igreja e “à pública percepção do sacerdócio e da vida religiosa”.

“A Justiça de Deus exige que assumamos nossas ações sem ocultar nada. Reconheçam abertamente a sua culpa, submetam-se às exigências da Justiça”, determinou aos envolvidos nas agressões. Dirigindo-se aos padres pedófilos, Bento XVI reiterou que estes devem responder por seus crimes, “perante ao Deus onipotente e também frente aos tribunais devidamente constituídos”.

Sobre os abusos no coral de Ratisbona quando dirigido por seu irmão e sobre a proteção a um padre pedófilo durante seu cardinalato em Munique, Bento não disse água.

Após seu pronunciamento anódino sobre os padres pedófilos da Irlanda, Sua Santidade voltou a proferir sandices. No Angelus do domingo seguinte ao seu pronunciamento, proferido na praça São Pedro, pediu “perdão para o pecador, intransigência com o pecado”. Estava se referindo aos abusos sexuais dos ministros da Igreja irlandesa.

Pelo jeito, não entra no bestunto pontifício que pedofilia não é uma questão de pecado. Pedofilia é crime. Pecado se perdoa com um ato de contrição, três pais nossos e dez aves marias. Crime se pune com cadeia. Ao acobertar pedófilos, tanto João Paulo II como Bento XVI livraram seus sacerdotes da Justiça penal.

Esta é a denúncia da Snap. A organização acusa o chefe da Igreja católica de ter tolerado e ocultado sistematicamente os crimes sexuais contra crianças em todo o mundo. À queixa acrescentaram 10.000 páginas de documentação de casos de pedofilia. Os bispos e, em alguns casos, o próprio Vaticano rejeitaram ou ignoraram muitas das queixas das vítimas de padres pedófilos. O escândalo desacreditou a Igreja em vários países na Europa.

Claro que a denúncia vai cair no vazio. Um tribunal europeu jamais condenará o bispo de Roma. Mas já é reconfortante ver o vice-Deus sentado no mesmo banco de criminosos de guerra.

http://cristaldo.blogspot.com/2011/09/vice-deus-e-equiparado-criminosos-de.html

 

Ciência do mal

( Sérgio Augusto – O Estado de S.Paulo)

 – Para testar a eficácia preventiva da recém-lançada penicilina, os Estados Unidos infectaram 1.300 guatemaltecos na década de 40.

 A história não é nova, dela já se sabia desde outubro do ano passado, mas aos olhos, aos ouvidos, e sobretudo ao estômago da multidão só chegou na segunda-feira, quando uma comissão especial de bioeticistas nomeada pelo presidente Barack Obama confirmou e deu detalhes sobre um estarrecedor experimento médico-científico na Guatemala, secretamente patrocinado por uma agência do Departamento de Saúde dos EUA, na segunda metade da década de 1940.

Entre 1946 e 1948, cerca de 1.300 guatemaltecos foram infectados com doenças venéreas para testar a eficácia da recém-lançada penicilina na prevenção de moléstias sexualmente transmissíveis. Inocularam gonorreia e sífilis através do globo ocular e da base do crânio de prostitutas e as estimularam ao coito com detentos, doentes mentais e soldados. Órfãos também foram usados nos testes, assim como mulheres epiléticas e sifilíticas. Apenas 700 dos infectados receberam algum tratamento e 83 morreram.

Não foi apenas complotando para derrubar presidentes democraticamente eleitos e sustentando ditadores militares que os EUA infernizaram a Guatemala no século passado. Por acaso era um democrata, Juan José Arévalo, quem governava a Guatemala no período em que o dr. John Charles Cutler e seus pupilos lá implantaram um laboratório digno do Doutor Moreau de H.G. Wells, mas é provável que Arévalo tenha sido engambelado pelas autoridades locais comprometidas com as pesquisas. O atual (e também legítimo) presidente guatemalteco, Álvaro Colom, só foi tomar conhecimento delas ao receber um pedido formal de desculpas da Casa Branca.

Para quem não leu o romance de Wells, The Island of Doctor Moreau, publicado em 1896, nem viu qualquer de suas três versões para o cinema, um parêntese: Moreau era um vivisseccionista vitoriano que em sua ilha fazia as mais bizarras e cruéis experiências com animais e seres humanos. Sempre “em prol da ciência”, como soem alegar os cientistas loucos da ficção e do mundo real, do dr. Frankenstein ao dr. Josef Mengele.

Mengele, o monstro nazista, coordenou os mais horripilantes experimentos genéticos e de resistência física no campo de concentração de Auschwitz, que o tornaram a maior referência da depravação científica de todos os tempos. O sanitarista John Cutler não ganhou o apelido de “dr. Mengele americano” numa rifa. Quando morreu, em 2003, obituaristas que ignoravam suas sigilosas atividades na Guatemala o cumularam de elogios, trataram-no como um heroico pioneiro na luta contra doenças sexualmente transmissíveis, como um benfeitor da humanidade. Quase um ano atrás, a historiadora Susan Reverby, da Universidade de Wellesley, desautorizou a canonização. Ao pesquisar o papelório do doutor, chegou aos arcanos da biopilantragem na Guatemala e a expôs à execração pública.

Descobriu-se também que Cutler fizera pesquisas similares com detentos de uma penitenciária de Indiana, em 1943, e envolvera-se, nos anos 60, no escandaloso caso Tuskegee. Implantado em 1932 com o objetivo de observar as reações de centenas de negros sifilíticos de Tuskegee (Alabama) a determinados fármacos, esse projeto foi levado adiante durante 40 anos e deixou um saldo de 70 mortos. O YouTube tem imagens do caso, tema de um documentário, The Deadly Deception, produzido em 1993.

http://www.youtube.com/watch?v=ofiOzzfKK84

No ranking das atrocidades cometidas em nome da ciência e da saúde, no século passado, o dr. Cutler não faz, portanto, má figura. A medalha de ouro ainda pertence, consensualmente, ao doktor Mengele. Mas é grande a concorrência. Em todos os quadrantes.

Cientistas norte-coreanos se especializaram no estudo das reações terminais de cobaias humanas à ingestão de repolhos envenenados e a sufocamento por gás. O sofrimento das vítimas, que culminava com uns 20 minutos de vômitos convulsivos e sanguinolentos, era estoicamente monitorado através de um espelho. E, já que estamos na Ásia, não custa lembrar a figura do microbiólogo Shiro Ishii, que na segunda guerra sino-japonesa (1937-1945) montou para o Exército Imperial do Japão uma unidade de pesquisas químicas e biológicas ainda mais cruéis que as do dr. Cutler na Guatemala.

Quinze minutos era o tempo médio da agonia final dos prisioneiros dos gulags soviéticos submetidos aos testes de envenenamento pelo gás C-2, controlados pelo bioquímico Grigori Mairanovski e supervisionados pelo superespião stalinista Pavel Sudoplatov. Objetivo da pesquisa: descobrir um veneno letal que não pudesse ser detectado post mortem.

Abortos, partos prematuros, defeitos físicos em crianças e câncer tireoidiano foram as consequências mais comuns dos testes nucleares no Atol de Bikini, em março de 1954, nos habitantes das Ilhas Marshall, premeditadamente expostos aos seus efeitos radioativos como parte do Projeto 4.1.

Entre 1971 e 1989, quase mil lésbicas e soldados homossexuais sul-africanos foram forçados a uma guinada sexual, sob o comando do dr. Aubrey Levin, o Mengele do apartheid. Os que não eram “curados” com drogas, doutrinação psiquiátrica e eletrochoques eram submetidos a tratamento hormonal ou a castração química. Levin, também conhecido como Dr. Shock, mandou-se para o Canadá e hoje dá aula no Departamento de Psiquiatria da Universidade de Calgary.

Quem nunca ouviu falar no Projeto MK-Ultra? Era o codinome de um programa de controle da mente da CIA, implantado no auge da Guerra Fria. As cobaias (candidatos a espião, soldados, médicos, prostitutas, doentes mentais, etc.) eram dopadas, sem o saber, com LSD e drogas correlatas e seus cérebros manipulados por um seleto grupo de cientistas, ao estilo The Manchurian Candidate, numa clara violação do Código de Nuremberg, firmado no fim da guerra para evitar a mengelização da ciência. Em 1972, o então diretor da CIA, Richard Helms, mandou destruir os arquivos do projeto, impossibilitando sua investigação.

Ex-embaixador dos EUA chama Câmara Legislativa de “refúgio de canalhas”

(Escrito por Simone de Moraes)

– O Câmara em Pauta deu com exclusividade no domingo 26 de Junho, a noticia que o Wikileaks iria divulgar documentos sobre o Brasil.

Hoje o Correio Braziliense trouxe a manchete: Ex-embaixador dos EUA chama Câmara Legislativa de “refúgio de canalhas”.  Um telegrama redigido em 2004 pelo então embaixador norte-americano no Brasil, John Danilovich, revela o olhar da diplomacia dos Estados Unidos sobre a Câmara Legislativa do Distrito Federal: “um refúgio para canalhas”.

Parte dos milhares de documentos secretos obtidos pela organização WikiLeaks, a mensagem intitulada “Um trapaceiro a menos na galeria” descreve a crise provocada pela denúncia de assassinato envolvendo Carlos Xavier, cassado naquele ano em votação apertada no plenário da Casa. Ao analisar o cenário político na capital brasileira, Danilovich avalia que a punição a Xavier (foto) despertou “nervosismo” em políticos do Distrito Federal. A avaliação é de que muitos encrencados teriam receio de criar um precedente para acusações de crimes e terem o mesmo desfecho do colega. Enviado ao governo americano, o comunicado é recheado de críticas à atuação da Câmara Legislativa. Para o diplomata, a Casa abriga “meia dúzia de deputados suspeitos de vários crimes” entre 24 integrantes. E analisa a cassação de Xavier com 13 votos, quórum mínimo para a punição: “Toda a questão deixa em dúvida se este é um golpe contra a impunidade, um pequeno passo na direção certa, ou apenas serve para desenhar uma linha: a de que os assassinos, pelo menos, não serão tolerados na Câmara Legislativa”. O telegrama sigiloso foi divulgado ontem pelo site Pública, que iniciou nesta semana uma parceria com o editor do WikiLeaks, Julian Assange, para publicação de documentos de embaixadas americanas relacionados ao Brasil. Danilovich serviu em Brasília entre 2004 e 2005, mais de cinco anos antes da Operação Caixa de Pandora, que comprometeu ainda mais a imagem da Câmara, pelo envolvimento de vários distritais com suspeitas de recebimento de propinas em troca de aprovação a projetos. No telegrama ao governo americano, o então embaixador faz uma lista de políticos suspeitos de envolvimento em crimes. O deputado distrital Benício Tavares (PMDB), então presidente da Casa, foi um dos citados pela condenação por desvios de recursos da Associação dos Deficientes Físicos de Brasília. O peemedebista ainda não havia sido envolvido no escândalo de prostituição de menores durante pescaria na Amazônia, tampouco na Pandora. Terra no céu O diplomata detalha também a suposta participação do ex-deputado Júnior Brunelli — que renunciou ao mandato no ano passado depois de ter sido filmado protagonizando a oração da propina e recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa. Sobre Brunelli, o embaixador descreve, entre outras coisas, o suposto envolvimento dele em promessas de “venda de pedaços de terra no céu”, como forma de ludibriar fiéis. O ex-deputado Pedro Passos é citado pela diplomacia norte-americana como o “maior predador de terras” do Distrito Federal, de acordo com o que havia apontado a CPI da Grilagem ocorrida na Câmara Legislativa em 1995. Também foram registrados no telegrama episódios envolvendo os ex-deputados Odilon Aires (PMDB), José Tatico (PTB) e Wigberto Tartuce (PMDB), o Vigão, além do hoje senador Gim Argello (PTB-DF). O embaixador lembra ainda de escândalos contra o ex-senador Luiz Estevão, cassado depois de ter o nome envolvido no desvio de recursos do Fórum Trabalhista de São Paulo. O embaixador americano afirmou que os eleitores de Brasília têm memória curta. Por isso, José Roberto Arruda teria sido o deputado federal com maior votação da história do DF mesmo depois de ter renunciado ao mandato de senador um ano antes da eleição, em 2002. Além dos casos de corrupção, Danilovich destaca a baixa qualidade dos trabalhos na Câmara Legislativa. Cita grande quantidade de leis inconstitucionais e fala de forma irônica sobre debates que despertaram a atenção de distritais durante meses, como a criação de banheiros para homossexuais e a implantação de uma lagoa de pesca para desempregados buscarem o jantar. Também detalha o debate sobre o animal símbolo da capital. Ele afirma que o lobo-guará foi escolhido depois que o pirá-brasília foi descartado em virtude da descoberta de que a espécie seria hermafrodita. As autoridades em Washington souberam também que a grilagem de terras é comum na capital do país.Para o diplomata, a grilagem é o crime mais antigo do Distrito Federal. A exploração de terras públicas, seria, na visão do embaixador, um meio de enriquecimento ilícito fácil. “Durante décadas, os burocratas espertos, políticos e construtores têm encontrado maneiras engenhosas para manipular os processos de titulação e zoneamento para ganhos pessoais. Com seus enormes lucros e baixo risco, fraudes de terra são o coração da maioria dos escândalos de Brasília e a base para as fortunas pessoais de muitos políticos locais”, avalia Danilovich. O Correio tentou contato ontem com a Embaixada dos Estados Unidos, para um pronunciamento oficial. A assessoria informou que não comenta vazamento de documentos secretos pelo WikiLeaks. Informações sigilosas WikiLeaks é uma organização dedicada à divulgação de notícias e informações que tem como fundador o jornalista australiano Julian Assange. A entidade teve a acesso a milhares de documentos sigilosos do governo dos Estados Unidos que revelaram bastidores e segredos de relações diplomáticas. A divulgação dos documentos secretos provoca uma grande controvérsia. O site comandado por Assange já abrigou mais de um milhão de documentos e alimentou reportagens de grandes jornais do mundo inteiro. As análises do diplomata Confira trechos das comunicações enviadas por John Danilovich ao governo americano sobre o cenário político da capital da República em 2004: “Carlos Xavier, em 10 de agosto, tornou-se o primeiro legislador expulso da Câmara Legislativa (equivalente a um senado estadual) do Distrito Federal. Nada fácil, dada a notoriedade da Câmara como um refúgio para canalhas.” “Alguns deputados estavam provavelmente preocupados com a criação de um precedente, expulsando um criminoso. A Câmara, que nunca foi conhecida por sua alta qualidade de trabalho, ainda abriga uma meia dúzia de deputados suspeitos de vários crimes. Assim, toda a questão deixa em dúvida se esse é um golpe contra a impunidade, um pequeno passo na direção certa ou apenas serve para desenhar uma linha: a de que os assassinos, pelo menos, não serão tolerados na Câmara Legislativa.” “Grilagem é um termo que abrange uma série de crimes envolvendo fraudes em terras. O nome é usado porque os criminosos colocavam documentos forjados em uma caixa com grilos vivos para torná-los amarelados e forjar autenticidade. Grilagem é particularmente comum em Brasília porque a cidade surgiu em 40 anos numa área quase desabitada no interior do Brasil. Terracap e Novacap administram 340 mil hectares de terras públicas e são responsáveis pela privatização e zoneamento das áreas, quando necessário. Durante décadas, os burocratas espertos, políticos e construtores têm encontrado maneiras engenhosas para manipular os processos de titulação e zoneamento para ganhos pessoais. Com seus enormes lucros e baixo risco, fraudes de terra são o coração da maioria dos escândalos de Brasília e a base para as fortunas pessoais de muitos políticos locais.” “O caso de Xavier, sem dúvida, provoca um certo nervosismo entre aqueles que preferem não criar um precedente de expulsar criminosos sob acusação. Ou como um dos aliados de Xavier disse à imprensa: ‘Se você abrir o portão, o rebanho inteiro poderá sair’.” “Dada a gravidade das acusações contra ele, é encorajador que Carlos Xavier seja expulso. Mas parece improvável que o caso seja a ponta do iceberg em termos de limpeza da Câmara. Seus colegas votaram nele pela mais estreita maioria e os eleitores de Brasília têm a memória extremamente curta, quando a corrupção está em causa.”

PT está de luto: A família petista veemente e publicamente se manifesta contra os USA e Barack Obama, pelo trágico assassinato de seu “cumpanhero”. Em nome da família enlutada, decretou luto oficial de 30 anos no Brasil.

Obama mais uma vez extrapolou todos os limites de suas prerrogativas presidenciais ao determinar a morte de um inocente e alguns seguidores, sem permitir qualquer chance de defesa ao meigo inocente barbaramente trucidado pelo comando de extermínio militar yankee.

Arrogante, não consultou Lula, tampouco Dilma, José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Também não pediu a opinião de José Sarney, Renam Calheiros, e do demonizado vice-presidente Michel Temer.

O presidente americano entende que tem um rei na barriga ou é o próprio, ou quem sabe, se arvora mais um semi-deus do continente americano. Que Deus nos livre e proteja. Fidel Castro, Hugo Chavez e Lula já encheram as medidas do suportável.

Os brasileiros que pactuam o lulopetismo precedidos dos líderes citados e arvorados semi-deuses, seguirão em passeata até a Casa Branca e a sede da ONU onde acamparão até o morto ser justiçado por aquele primaz democrático organismo isento de ideologias.

Sob a vigília tupiniquim nos States, a morte do defunto não terá sido em vão!

FC.