Não podemos demonizar Lula como demônio? Não. Lula é o próprio demônio; Não podemos demonizar Dilma Rousseff como demônio de saias? Não. Dilma Rousseff é o próprio demônio de saias.

Ah… Então nós temos a filial do inferno instalada no Palácio do Planalto, com puxadinhos no Instituto Lula e no covilato Partido dos Trabalhadores?

Essa lógica infernal está escrita nas linhas e entrelinhas do apedeutismo do ex-presidentro Bandido 9dedos da Siuva, bem como nas palavras soltas e desconexas que soam doendo nos ouvidos das gentes que têm a infelicidade de ouvir a anta ex-presidente de fato, também conhecida como Ladranta Du Cheff, tentando com a gaguez que lhe é peculiar, encobrir os “malfeitos” da corja a seus serviços, e os dela mesmo.

Um exemplo cabal? “MEU GOVERNO NÃO ESTÁ ENVOLVIDO EM ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO”, disse em resposta a Eduardo Cunha e para o Brasil e para o mundo que assiste estarrecido essa discussão inglória. Dilma Vana Rousseff é a gerentona lulo-petisto-dilmista mais corrupta que já se viu no mundo moral, político e econômico, de uma nação cujo povo está indignado e clama por sua deposição, renúncia, impeachment ou coisa que o valha.

FC

#PT #PMDB #PSB #PSDB #PSOL #PR #PP #PTB #PCB #PC #SOLIDARIEDADE

#DILMA #LULA #MICHEL #TEMER #EDUARDO #CUNHA #ROSA #WEBER #TEORI #ZAVASCKI #RICARDO #LEWANDOWSKI #SERGIO #MORO

Não podemos demonizar Lula como demônio? Não. Lula é o próprio demônio; Não podemos demonizar Dilma Rousseff como demônio de saias? Não. Dilma Rousseff é o próprio demônio de saias.

Ah… Então nós temos a filial do inferno instalada no Palácio do Planalto, com puxadinhos no Instituto Lula e no covilato Partido dos Trabalhadores?
Essa lógica infernal está escrita nas linhas e entrelinhas do apedeutismo do ex-presidentro Bandido 9dedos da Siuva, bem como nas palavras soltas e desconexas que soam doendo nos ouvidos das gentes que têm a infelicidade de ouvir a anta ex-presidente de fato, também conhecida como Ladranta Du Cheff, tentando com a gaguez que lhe é peculiar, encobrir os “malfeitos” da corja a seus serviços, e os dela mesmo.
Um exemplo cabal? “MEU GOVERNO NÃO ESTÁ ENVOLVIDO EM ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO”, disse em resposta a Eduardo Cunha e para o Brasil e para o mundo que assiste estarrecido essa discussão inglória. Dilma Vana Rousseff é a gerentona lulo-petisto-dilmista mais corrupta que já se viu no mundo moral, político e econômico, de uma nação cujo povo está indignado e clama por sua deposição, renúncia, impeachment ou coisa que o valha.

FC
#PT #PMDB #PSB #PSDB #PSOL #PR #PP #PTB #PCB #PC #SOLIDARIEDADE
#DILMA #LULA #MICHEL #TEMER #EDUARDO #CUNHA #ROSA #WEBER #TEORI #ZAVASCKI #RICARDO #LEWANDOWSKI #SERGIO #MORO

Lula que usou – administrativo-sexualmente – por uma década a fio a namorada Rosemary Noronha no AeroLula, hotéis de luxo, e Iates, abusando da confiança dos brasileiros honestos, a descartou ignorando-a publicamente, qual carta de baralho infecto, imundo, nojento, desprezível, em entrevista a jornalistas simpatizantes com a causa petralha

Quando perguntado por jornalistas do Correio Braziliense sobre o desfecho punitivo no qual a amante foi incorrida, falou: Ela já estava demitida. O que a CGU fez foi confirmar o que todo mundo já sabia o que ia acontecer.”  

Descaramento pra mais da conta. O salafrário libertino-obsceno detentor do poder público, cuspiu no prato que abençoou enquanto não foi descoberta a rapinagem ao que é público, através do escritório paulista da Presidência da República, criado por ele. A serviço dele.

A ex-primeira inútil está de peito lavado sobre a relação com o macho engavetado. O brochado desserviu as duas.

FC

G.R.E.S. “Unidos do Mensalão*”

Escola fundada em 1° de janeiro de 2003, demorou algum tempo para escrever o estatuto final.

Unidos do Mensalão,  ou Universidade do Crime, tem o formato de Escola de Partidos de Ladrões.

Filiada originalmente ao Partido Trambiqueiro, uniu-se a várias outras agremiações da mesma laia, juntando-se todas e todos, nas mais diversas alas…

PMDB, é o grande   trunfo das mangas. Responde pela sustentação política, sem a qual não se manteria no topo da pirâmide criminoso-partidária da corrupção e do poder.

Desfila na terça feira, nos corredores e gabinetes do Palácio do Planalto, incluso o gabinete da presidanta Du Cheffe; na quarta feira, desfila gloriosa na rampa do Congresso Nacional; na quinta feira, na Esplanada dos Ministérios; na excepcionalidade, numa certa quarta feira de setembro,  desfilou bravamente no STF, tendo como porta-bandeira o voto de uma ministra, e mestre-sala, o impoluto desgracioso  decano petisto-caseiro, da casa.

No entanto, a despeito do suporte político-judicial,  o G.R.E.S. Unidos do Mensalão não poderá – jamais nos próximos anos – desfilar durante a noite pelos logradouros brasilienses. A diretoria em peso estará obrigada a passar a noite em presídio cumprindo pena, ainda que menor, só voltando a desfilar quando o dia raiar.

* Unidos do Mensalão, é citação original do jornalista Augusto Nunes, da Veja.

 

FC

No Brasil quem nasceu pra viver no lixão das safadezas políticas, digo, no Palácio do Planalto, viverá eternamente de barriga cheia e embriagado pelos goles afrodisíacos do néctar lulopetistodivino

A presidanta Diuma Du Cheff “resolveu”, pressionada pelo clamor da sociedade, demitir parte dos ministros bandidos ladrões da república. A perda quase foi irreparável. Chorando tal qual um crocodilo, lamentou o lixo varrido para o esgoto das latrinas do palácio no qual despacha. Agora buscou o monturo recorrente donde resgatou o primeiro pacote chorumoso, fétido, que encontrou:

Partido da República está de volta para mais lambanças em cima da carniça que entende ser a sociedade civil brasileira. Outros resgates de partidos virão.

O gabinete presidantal volta a ser o bordel-cassino que distribui as chaves do erário graciosamente pra seus frequentadores contumazes. Raposas fidedignas…

FC.

Inteligência descobre que empresas europeias doam 100 milhões de Euros por ano para mensaleiros

Alerta Total – Jorge Serrão

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
 

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
 
Exclusivo – O Rosegate é a prova de que o Mensalão não acabou e parece eterno como os diamantes. Investigações sigilosas da Polícia Federal e de setores de inteligência das Forças Armadas descobriram que é de 25 milhões de Euros a generosa contribuição trimestral “doada” à cúpula de petistas por empresas européias beneficiadas com negócios no Brasil. A grana pesada (100 milhões anuais) rola por fora da contabilidade oficial, em depósitos feitos no exterior. Se tal descoberta não for abafada e ficar de fora do inquérito da Operação Porto Seguro, o titanic do PT vai afundar. Um descuido (ou aposta na impunidade) fez com que viesse à tona o informe, que circula pela internet, de que, numa viagem de Lula a Portugal, Doutora Rosemary Nóvoa Noronha teria levado, na “mala diplomática”, 25 milhões de Euros. O valor, que teria sido declarado à receita portuguesa, seguiu em carro forte para depósito na agência central do Banco Espírito Santo, na cidade do Porto. A PF sabe que vários condenados no Mensalão – e um dos milagrosamente absolvidos – têm movimentadíssima conta corrente no BES português. A imperícia foi que Rose mandou fazer o depósito tendo Luiz Inácio Lula da Silva como o possível beneficiário de um seguro que fora feito para evitar “algum sinistro” com tanto dinheiro. Se os dados da Aduana do aeroporto internacional Francisco de Sá Carneiro forem confirmados oficialmente, o bebê de Rosemary vai sofrer um aborto político. O Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, já pensa em pedir a prisão preventiva de Rosemary e intimar seu amigo Lula para dar explicações oficiais sobre tudo que envolve o Rosegate.
Um outro descuido, cometido por outro amigo de Rosemary, também detectado pela Polícia Federal, é guardado em estranho sigilo. Sete meses atrás, mesmo usando indevidamente as facilidades da “área reservada a autoridades”, o consultor e advogado José Dirceu de Oliveira e Silva teve um probleminha no embarque internacional do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Um servidor da Receita Federal resolveu apreender 35 mil Euros que ele levaria a uma viagem à Europa. O preço pago pelo ousado funcionário foi ganhar uma promoção: acabou transferido para o Aeroporto dos Guararapes, em Recife. Dirceu só ficou sem a grana em excesso que levava.
O fato mais grave de todos é que a Presidenta Dilma Rousseff – mesmo não envolvida ou beneficiada por tais maracutaias – têm pleno domínio de todos estes fatos sigilosos. Tanto que uma das cinco facções com poder na Polícia Federal já vaza que a Operação Porto Seguro estava programada para acontecer em setembro. Mas a cúpula da PF recebeu “uma ordem de cima” para nada fazer naquele momento, porque tumultuaria a situação política eleitoral. Torna-se ridícula a tentativa de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negar que a quadrilha atuasse na Presidência da República. Rosemary era chefe de gabinete da PR em São Paulo por indicação do bem amado Lula e por conveniência (ou conivência) da Presidenta Dilma Rousseff.
Rosemary não teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal, na deflagração da Operação Porto Seguro, simplesmente porque houve um movimento – que falhou – para que seu nome nem viesse à tona nesta primeira fase de investigações. Ficaria no famigerado “segredo judicial”. Mas como a operação envolveu também agentes de informação das Forças Armadas, ficou impossível esconder quem era Rosemary e o que ela representava, de verdade, para o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rosemary terá de explicar como utilizava um passaporte exclusivo de membros do primeiro escalão governamental para viagens de negócio ao exterior que fazia sem a presença do amigo Lula. Serviços de inteligência das Forças Armadas receberam informes de que Rose participaria de negócios com diamantes em pelo menos cinco países: Bélgica, Holanda, França, Inglaterra e Alemanha. As pedras preciosas seriam originárias de negócios ocultos feitos pela cúpula petralha na África, principalmente Angola. Tal informação também foi passada à PGR pelos militares.
Foram detectadas dezenas de viagens não-oficiais de Rosemary ao exterior, para “passeios de negócios”. O passaporte especial a denunciou. Foram 23 para a França. Para Suíça, ocorreram 18, por via terrestre, partindo de Paris, e mais quatro por via aérea. Rose também fez 12 deslocamentos de avião para a Inglaterra. Outras sete viagens para o Caribe e os Estados Unidos, aconteceram de navio – de acordo com a inteligência militar brasileira. Tais informações sigilosas sobre o Rosegate não aparecem nas 600 páginas do inquérito da Operação Porto Seguro.
O temor petralha é que o destino deles está nas mãos do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel – a quem os “gênios” do PT tentaram indiciar na CPI do Cachoeira, mesmo sabendo que o procurador nada tem com o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos. Gurgel tem tudo para decidir que a Operação Porto Seguro será mais um caso para o Supremo Tribunal Federal, por envolver autoridades com prerrogativa de foro privilegiado. De imediato, Gurgel deve pedir a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Lula & família, mesmo sabendo que nem tudo deve ser descoberto.
Gurgel tem tudo para pedir a prisão preventiva de Rosemary – que só os íntimos amigos petistas sabem por onde anda. Rose só não foi presa inicialmente por sua intimidade com o poderoso Lula. Exatamente por isso, agora, ele deve prestar contas à Justiça. Gurgel já tem documentos que confirmam como a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo agia com respaldo de Lula, principalmente nas viagens internacionais que fazia em companhia dele ou não, portando passaporte especial privativo de autoridades diplomáticas. E, também, como Rose ainda atuava em sintonia com José Dirceu, José Genoíno e demais figuras de proa condenadas na Ação Penal 470 do Supremo Tribunal Federal.
A imagem do governo Dilma será afetada diretamente pelo Rosegate. No teatro, até agora, ela tem se saído bem. Seus marketeiros venderam a falsa imagem de que ela demitiu Rose – quando, na verdade, o Diário Oficial da União publicou a conveniente expressão “exoneração a pedido” (da própria exonerada). Mas Dilma só terá mesmo problemas sérios se a economia atrapalhar. Governos suportam denúncias de corrupção, mas não resistem em tempos de agravamento de crise econômica.
Luiz Inácio Lula da Silva também tem um fim de carreira tenebroso. E a desgraça dele começa em casa. Mesmo que Marisa Letícia venha a público com a conversa de que ele é um sujeito família e que nada houve entre ele e Rosemary, o casamento fica, no mínimo, estremecido com a midiática fofocagem – inclusive internacional – sobre a relação Lula-Rose. Mas o grande temor dos amigos de Lula é com a saúde dele. Tratamento pós-câncer não combina com pressões psicológicas como as que ele vem sofrendo agora.
O mito Lula vive seu momento mais infernal. E tudo pode ficar ainda pior se o Procurador-Geral da República cumprir o dever… O que não ocorreu no processo do Mensalão, porque não convinha às ocultas forças internacionais que controlam o Brasil de verdade. Mas agora, como Lula nada mais é que um ex-Presidente, sem foro privilegiado ou imunidade parlamentar, a casa do mito tem tudo para ruir.
Pelo menos para a cúpula do PT, parece que a famosa Profecia Maia sobre o “fim do mundo” já é uma realidade bem concreta.
Diferenças fundamentais
O craque Jorge Bastos Moreno, de O Globo, revelou ontem que o ex-presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, último dos presidentes da tal da dita-dura, tinha uma namorada secreta.
A grande diferença é que a empresária Myriam Abicair, que hoje é dona do badalado spa “Sete Voltas, em Itatiba, sempre foi tratada por Figueredo como “namorada” – e não como mera “amante”.
Outra diferença é que Myrian nunca entrou na aeronave presidencial, nunca teve cargo no governo, nunca fez parte de quadrilha para praticar tráfico de influência em benefício de empresas que fazem negócios com o governo e pagam mensalões, nem nunca se meteu com o complicado e perigoso negócio de venda internacional de pedras preciosas…
A conclusão a que se chega é que já não se fazem mais namoradinhas de presidentes como antigamente…
Vida que segue… Ave atque Vale! Fiquem com Deus. O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: http://www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

BRASIL CARINHOSO

Autora: Professora Martha Pannuzio
Bom dia, dona Dilma!
Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.
Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA!  É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil.
Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para “engordar” sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano qüinqüenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.
É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a platéia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente.
Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora. Sou bastante madura,  bastante politizada, marxista, sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do “quanto pior, melhor”. São discricionários, praticantes do “bullying” mais indecente da História do Brasil.
Em 1988 a Assembléia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*.  Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição, enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmola. A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp. Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida de que são mal-nascidos. Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou num balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação. Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou?  O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma?  Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!
Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto que o Brasil precisa. Para ontem.  De ensino técnico, profissionalizante. Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros.  Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais. Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudantA  brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens lêem (quando lêem), mas não compreendem o que leram.  Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.
Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.
A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente.  Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No aerolula  dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante. Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos  governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.
Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isto sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem está falando.
Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso. A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado. O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo.  Sou  fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez.  Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada. Outros usaram? E daí? A senhora não é “os outros”. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer.
Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro. Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz.
A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício. Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileiras vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinqüência e às drogas.
Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos setenta e quatro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser  votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, desprecisada  e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, esta foi a escolha de vocês.
A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga  brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais. Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente?  Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital.  Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói.
Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa é PRESIDENTE.  Não sou impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim, francês e português. Por favor, corrija esta informação.
Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca saberá que desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde. O contraditório é muito saudável.
Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda. R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma? Carinho de presidentA da república do Brasil neste momento, no meu conceito, é uma campanha institucional a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos. É mais creche institucional e laica. Mais escola pública e laica em tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula, do laboratório, competente e bem remunerado. É ensino profissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho.
Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária. Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são.  Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos. Esta é a jogada. Suja.
A televisão mostra ininterruptamente imagens de desespero social. Neste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma!
Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a inteligência da minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para sustentar a máquina extraviada do governo petista.
Último lembrete: a pobreza é uma conseqüência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.
Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê?  Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu.
Atenciosamente,
Martha de Freitas Azevedo Pannunzio
Fazenda Água Limpa, Uberlândia, em 16-05-2012
marthapannunzio@hotmail.com        CPF nº 394172806-78
*CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

Cachoeira presta depoimento na CPMI entrando mudo e saindo calado

É o que se esperava. Bandido também tem privilégio legal. A caolha justiça brasileira baseada na Constituição do Brasil, provém o direito de qualquer individuo ficar calado e não constituir prova criminal contra si mesmo.

Na ocasião, Cachoeira fez discretas ameaças veladas, dizendo que depois de depor ao juiz do caso, tem muita coisa para vomitar para quem queira ouvir. Na verdade ele  está dando a chance ao governo para tecer mais algumas teias bolorentas e eivadas de inverdades no sentido de minimizar as acusações que lhe trazem prejuízo. Não sendo assim, cabeças rolarão. Muitas. Talvez até a dele também. Mais é um risco que precisa correr. Cair sozinho não é do feitio dele, com certeza. PT, PMDB, nanicos conluiados, e/ou assemelhados, que se cuidem.

Gravações revelam novos favores de Cachoeira a Demóstenes

Veja.com.br

Trechos de conversas obtidas pela Polícia Federal durante operação que investigou esquema de exploração ilegal de jogos mostram como era próxima a ligação entre o contraventor e o senador da oposição

Rodrigo Rangel

Novos trechos de conversas gravadas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, que investigou um esquema de exploração ilegal de jogos com sede em Goiás e negócios em Brasília e outros estados da federação, dão mostras da intimidade entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de ser o chefe da quadrilha. Os diálogos, aos quais VEJA teve acesso, revelam novos favores do contraventor ao senador de oposição. Num deles, gravado em maio do ano passado, Cachoeira avisa ao senador: “Não esquece do avião, não, tá aí esperando, tá?”. Em outro telefonema, também do ano passado, ao ouvir de Demóstenes a queixa de que seu tablet iPad acabara de quebrar, Cachoeira é diligente na solução: diz que vai mandar alguém entregar um aparelho novo ao senador.

A conversa em que Cachoeira se refere ao avião é datada de 20 de maio de 2011, uma sexta-feira, e foi registrada nos relatórios da Polícia Federal sob o título “Carlinhos oferece aeronave para Demóstenes”:

Demóstenes – Fala, professor.

Cachoeira – Não esquece do avião não, tá aí esperando, tá?

Demóstenes – Já liguei pra ele, tô indo lá, dei uma enrolada aqui.

O diálogo em que Cachoeira diz que providenciará um tablet novo para o senador se deu duas semanas depois, em 4 de junho. Num dos relatórios da operação, a PF resumiu assim a conversa: “Demóstenes reclama que seu iPad deu pau, Carlinhos diz que vai mandar alguém entregar um novo”. No mesmo telefonema, Demóstenes diz a Cachoeira que está se dirigindo ao aeroporto “para buscar o Toffoli”. De acordo com fontes ligadas à investigação, trata-se do ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

Em 11 de agosto de 2011, Cachoeira e Demóstenes conversam sobre o que seria, na avaliação do senador, “um tiro direto” no PT. Demóstenes fala em em abrir uma comissão parlamentar de inquérito para investigar o partido do governo:

Cachoeira – Eu vi, eu vi as cenas lá, hein?

Demóstenes – É… Isso é bom, hein. Isso é bom que dá um tiro direto neles aí né, a gente faz a CPI do PT.

Cachoeira – Exatamente. Beleza.

Demóstenes – Falou mestre, um abraço.

Cachoeira – Outro, doutor. Tchau.

Em outra conversa, Cachoeira fala com a mulher de Demóstenes, Flávia, que comemora a obtenção de sua carteira da Ordem dos Advogados do Brasil e trata com o contraventor da possibilidade de o senador se transferir para o PMDB. Cachoeira se mostra favorável à mudança de partido – e também confiante de que um dia seu amigo Demóstenes possa se tornar ministro da Suprema Corte.

Flávia – Tô com a vermelha no bolso, 32.650, pode arrumar cliente aí pra mim (…) Tô com a vermelhaça no bolso (…)

Cachoeira – Ah, sua carteira, né? Parabéns, viu? Você vai usar ela muito e só em causa grande.

Flávia – Eu fui num jantar no Sarney com o Demóstenes, o Demóstenes hoje é um dos influentes que existem no quadro nacional todo, tem trânsito com todo mundo.

Cachoeira – É, sei disso. Ele já foi pro PMDB não?

Flávia – Não, mas o Renan [refere-se a Renan Calheiros, um dos caciques do PMDB] tá todo amor por ele que tá é assustando.

Cachoeira – Ele me falou, você acha que ele vai?

Flávia – Carlinhos, é uma decisão tão difícil, né? Acho que uma das decisões mais difíceis que ele tem que tomar é essa, viu? Muito complicado, eu acho muito complicado.

Cachoeira – É, mas ele não tem saída, não. Ele tem que ir para o PMDB. Vai fundir o PSDB com o DEM, aí ele tem que ir pro PMDB, até virar STF, né? Aí você não pode advogar e pronto.

Carlinhos Cachoeira, então, volta a parabenizar a mulher do senador por ter obtido a carteira da OAB e ela arremata, agradecendo: “Obrigado. Essa conquista aí é nossa. Depois vamos tomar um champagne”.

Há três semanas, VEJA revelou que Demóstenes recebeu de presente de casamento de Cachoeira uma geladeira e um fogão importados, de uma marca americana de luxo que usa como chamariz em suas propagandas o fato de estar presente nas casas de astros de Hollywood e também na cozinha da Casabranca. Os dois presentes valem mais de 30 mil reais. Durante a investigação, a Polícia Federal descobriu que Cachoeira e Demóstenes se falavam por meio de um rádio Nextel habilitado em Miami, nos Estados Unidos. Era uma estratégia do contraventor, segundo os investigadores, para dificultar grampos.

Na edição desta sexta-feira, o jornal O Globo mostrou  que em outra investigação, feita em 2009, Demóstenes Torres aparece aceitando favores de Cachoeira em suas viagens de avião: o senador pedia que o contraventor pagasse uma despesa sua com táxi-aéreo, no valor de 3 mil reais.

Procurado por VEJA, Demóstenes não atendeu as ligações. Sua assessoria informou que ele não está dando entrevistas sobre a investigação. E repassou a tarefa ao advogado do senador, Antônio Carlos Almeida Castro, criminalista estrelado de Brasília, também conhecido como Kakay. O advogado diz que não falará pontualmente sobre os diálogos sem antes ter acesso à integra das conversas envolvendo Demóstenes. Ele afirma que há doze dias esteve pessoalmente com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para pedir acesso às escutas, mas até hoje não foi atendido. “Ou essas conversas são triviais e não têm indício de crime ou os encarregados da investigação teriam que ter passado isso imediatamente para o Supremo Tribunal Federal, por envolver um senador. Se isso não foi feito, a investigação é ilegal”, diz o advogado.

Corrupção e poder: O que era episódico se tornou um ‘sistema’ para a ‘governabilidade’

(Fernando Henrique Cardoso) 

– O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou recentemente que os desmandos que ocorreram em sua pasta se devem a que as ONGs passaram a ter maior participação na concretização de políticas públicas. E sentenciou: ele só fará convênios com as prefeituras, não mais com segmentos da sociedade civil.

Ou seja, em vez de destrinchar o que ocorre na administração federal e de analisar as bases reais do poder e da corrupção, encontra um bode expiatório fora do governo.

No caso, quanto eu saiba, é opinião de pessoa que não tem as mãos sujas por desvios de recursos públicos. Não se trata, portanto, de simples cortina de fumaça para obscurecer práticas corruptas. São palavras que expressam a visão de mundo do novo ministro: o que pertence ao “Estado”, ao governo, é correto; o que vem de fora, da sociedade, traz impurezas…

O mal estaria nas ONGs em si, não no desvio de suas funções nem na falta de fiscalização, cuja responsabilidade é dos partidos e dos governos.

Esse tipo de ideologia vem associado à outra perversão corrente: fora do partido e do governo, nada é ético; já o que se faz dentro do governo para beneficiar o partido encontra justificativa e se torna ético por definição.

Repete-se algo do mensalão. Naquele episódio, já estava presente a ideologia que santifica o Estado e faz de conta que não vê o desvio de dinheiro público, desde que seja para ajudar os partidos “populares” a se manterem no poder.

Com uma diferença: no mensalão se desviavam recursos públicos e de empresas para pagar gastos eleitorais e para obter apoio de alguns políticos. Agora, são os partidos que se aninham em ministérios e, mesmo fora das eleições, constroem redes de arrecadação por onde passam recursos públicos que abastecem suas caixas e os bolsos de alguns dirigentes, militantes e cúmplices.

A corrupção e, mais do que ela, o “fisiologismo”, o clientelismo tradicional sempre existiram. Depois da redemocratização, começando nas prefeituras, o PT — e não só ele — enveredou pelo caminho de buscar recursos para o partido nas empresas de coleta de lixo e nas de transporte público (sem ONGs no meio…).

Há, entretanto, uma diferença essencial na comparação com o que se vê hoje na esfera federal. Antes, o desvio de recursos roçava o poder, mas não era condição para o seu exercício. Agora, os partidos exigem ministérios e postos administrativos para obter recursos que permitam sua expansão, atraindo militantes e apoios com as benesses que extraem do Estado.

É sob essa condição que dão votos ao governo no Congresso. O que era episódico se tornou um “sistema”, o que era desvio individual de conduta se tornou prática aceita para garantir a “governabilidade”.

Dessa forma, as “bases” dos governos resultam mais da composição de interesses materiais do que da convergência de opiniões. Com isso, perdem sentido as distinções programáticas, para não falar nas ideológicas: tanto faz que o partido se diga “de esquerda”, como o PCdoB; ou centrista, como o PMDB; ou de centro-direita, como o PR; ou que epíteto tenham: todos são condôminos do Estado. Há apenas dois lados: o dos condôminos e o dos que estão fora da partilha do saque.

O antigo lema “é dando que se recebe”, popularizado pelo deputado Cardoso Alves no governo Sarney, referia-se às nomeações, ao apadrinhamento que eventualmente poderiam levar à corrupção, mas em si mesmos não o eram. Tratava-se da forma tradicional, clientelista de fazer política.

Hoje é diferente, além da forma tradicional — que continua a existir —, há uma nova maneira “legitimada” de garantir apoios: a doação quase explícita de ministérios com as “porteiras fechadas” aos partidos sócios do poder.

Digo “legitimada” porque, desde o mensalão, o próprio presidente Lula outra coisa não fez do que justificar esse “sistema”, como ainda agora, no caso da demissão dos ministros acusados de corrupção, aos quais pediu que tivessem “casca dura” — ou queria dizer caradura? — e se mantivessem nos cargos.

Em um clima de bonança econômica, a aceitação tácita desse estado de coisas por um líder popular ajuda a transformar o desvio em norma mais ou menos aceita pela sociedade.

Pois bem, parece-me grave que, no momento em que a presidente esboça uma reação a esse lavar de mãos, um ministro reitere a velha cantilena: a contaminação adveio das ONGs.

Esqueceu-se de que o governo tem a responsabilidade primordial de cuidar da moral do Estado. Não há Estado que seja por si só moral, nem partido que seja imune à corrupção pela graça divina. Pior, que não possa se tornar cúmplice de um sistema que se baseie na corrupção.

O “sistema” reage a essa argumentação dizendo tratar-se de “moralismo udenista”, referência às críticas que a UDN fazia aos governos do passado, como se ao povo não interessasse a moral republicana. Ledo engano.

É só discutir o tema relacionando-o, por exemplo, com trapalhadas com a Copa para ver se o povo reage ou não aos desmandos e à corrupção. A alegação antimoralista faz parte da mesma toada de “legitimação” dos “malfeitos”.

Não me parece que a anunciada faxina, embora longe de haver sido completa, tenha tirado apoios populares da presidente. O obstáculo a uma eventual faxina não é a falta de apoio popular, mas a resistência do “sistema”, como se viu na troca de um ministro por outro do mesmo partido, possivelmente também para preservar um ex-titular do mesmo ministério, que trocou o PCdoB pelo PT e hoje governa o DF.

Estamos diante de um sistema político que começa a ter a corrupção como esteio, mais do que simplesmente diante de pessoas corruptas.

Ainda há tempo para reagir. Mas é preciso ir mais longe e mais rápido na correção de rumos. E, nesse esforço, as oposições não devem se omitir. Podem lutar no Congresso por uma lei, por exemplo, que limite o número de ministérios e outra, se não a mesma, que restrinja ao máximo as nomeações fora dos quadros de funcionários.

Por que não explicitar as condições para que as ONGs se tornem aptas a receber dinheiros públicos? Os desmandos não se restringem ao Ministério do Esporte, há outros na fila. Os dossiês da mídia devem estar repletos de denúncias.

Não adianta dizer que se trata de “conspirações” contra os interesses populares. É da salvaguarda deles que se trata. 

Fernando Herique Cardoso é ex-presidente da República

Brasileiros bundões

As crises econômicas mundial e brasileira

(por José Márcio Mendonça e Francisco Petros  –  Política & Economia NA REAL n° 165 

A natureza da atual crise I 

 – Há na mídia um rol enorme de discussões nas quais os economistas debatem se a crise de agora é “nova” ou “uma continuação” da crise de 2008. Ora, muito embora esta questão seja interessante do ponto de vista acadêmico, o mais importante a se saber é que as três principais características da crise financeira de 2008 não foram superadas : (i) a fragilidade do sistema financeiro das economias centrais, (ii) a impotência do consumo e do investimento em função do elevado endividamento de indivíduos e empresas e (iii) a existência de enormes déficits fiscais dos países, fruto da “salvação” de grandes segmentos de empresas e bancos. Neste sentido, a crise é a mesma de 2008. Tomando por base esta premissa, alguém poderia argumentar que, se as causas da crise são as mesmas, por que não receitar as mesmas políticas, os mesmos “remédios” ? Aí é que a questão se torna extremamente complexa. Vejamos.

 A natureza da atual crise II

 A crise de 2008 ocorreu num momento em que os governos das principais economias, em geral, tinham capacidade de gerar déficits fiscais em larga medida, pois o crédito privado não tinha “contaminado” o setor público. Assim, a intervenção estatal funcionou como elemento de resgate da desconfiança generalizada no sistema financeiro e nas empresas. Neste momento, o fator mais crítico é que o setor público (os Estados) encontram-se sob fogo cerrado dos agentes os quais desconfiam que os elevados déficits públicos ou não serão sanados (pagos) no futuro ou/e impedirão a gradual recuperação da capacidade de poupar/investir do setor privado. Portanto, o “remédio” administrado no passado não pode ser repetido no atual momento, seja em termos de volume de recursos que podem ser disponibilizados para o setor privado pelo setor público, seja em termos de adição de credibilidade que torne hígido o sistema financeiro. Desta constatação é que nasce a convicção de que esta crise é mais perigosa e “diferente” da de 2008.

 Crise crônica, situações agudas

 A natureza da crise acima descrita faz com que se possa prever que há elevada probabilidade de que a estagnação da atividade econômica das principais economias seja muito longa. Aqui não nos cabe prever mais do que isto, pois não há modelos de previsão disponíveis que permitam uma estimativa razoável para afirmar se a estagnação será de cinco ou dez anos (há que se notar que muitos economistas continuam a prever o que não é possível prever). O risco deste processo pode ser econômico, mas a principal consequência e o meio pelo qual a situação mudará é, essencialmente, política. Até quando os governos e as sociedades dos países aguentarão taxas de desemprego tão elevadas quanto as atuais ? Como os eleitores farão mudar pelo voto as políticas econômicas ? Como serão arbitrados os conflitos entre os interesses das classes trabalhadores e os detentores do capital ? Estas são as questões mais importantes a serem observadas, muito embora devamos nos ocupar do dia a dia com grande atenção.

 A natureza do debate

 Daqui para frente o debate mais importante na política e na economia diz respeito ao binômio “política monetária versus política fiscal”. Basta reparar que, por enquanto, a única reação organizada da Europa e dos EUA veio da área monetária. O BC Europeu e o Fed estão inundando o mercado financeiro de recursos com o objetivo de retirar das mesas de operação a desconfiança que impera nestes momentos agudos. Os BCs podem (e devem) criar moeda até o limite em que “as coisas se acalmem”. É isto que será feito com certeza. Todavia, há o lado fiscal já deteriorado sobre o qual dois diagnósticos básicos provocam (e provocarão) acalorados debates. Economistas verdadeiramente keynesianos dizem que é necessário que os déficits sejam ainda mais elevados para evitar o colapso da demanda agregada (consumo mais investimento). De outro lado, há os fiscalistas que pregam que a expansão monetária tem de ser acompanhada pela contenção fiscal com o fito de escapar da armadilha da falta de credibilidade do crédito público. É cedo para decifrar o que será feito, mesmo porque isto dependerá muito mais da política (vide o caso de Obama) que dos PhDs que cercam os governos e o setor privado.

 Um número incômodo Para ver que a classe política por aqui e lá fora vai mal não é preciso ler com atenção as notícias dispostas na mídia. Quando 82% dos americanos reprovam o Congresso do país, a coisa é muito preocupante. É o que diz a pesquisa encomendada na semana passada pelo NY Times e pela CBS. Triste sina a dos pais-fundadores da grande democracia do ocidente.

 Uma lembrança aos “ortodoxos”

 Se há uma razão para a deteriorada política fiscal das principais economias temos de lembrar que a origem desta crise está sedimentada na irresponsabilidade, imperícia, negligência e imprudência dos sistemas de controles dos Estados sobre as operações do setor privado, sobretudo o setor financeiro. Não é necessário ser doutor em economia ou política para verificar que a falta de políticas verdadeiramente republicanas que deveriam salvaguardar o interesse de todos causou a tragédia atual. Ou seja, os interesses de alguns grupos de poder, sobretudo do segmento financeiro, se instalaram dentro dos Estados e desguarneceram o poderio fiscalizador e regulador destes. Premissas ideológicas (livre-mercado, desregulamentação, etc.) comprovaram-se falsas quando o assunto diz respeito ao interesse público.

 Mecanismos de criação de crise preservados

 Os hedge funds, os especuladores instalados em certas instituições financeiras, a contaminação de diferentes riscos de créditos em instituições financeiras singulares, a ausência ou excesso de flexibilidade na concessão de crédito, etc., estão, senão intactos, bastante atuantes na atual rodada da crise. Os governos permanecem débeis e incapazes de promover reformas estruturais que aumentem a segurança das economias. Tudo isto em detrimento do emprego e da produção. No jogo entre a “economia real” e “a economia financista” a vitória esmagadora é desta última. Até agora, pelo menos.

 O Dilema de Dilma I

 Declarações formais ou “vazadas” da presidente Dilma demonstram que, para combater a atual crise, ainda não houve uma definição sobre a estratégia que seu governo adotará. Assim como nas principais economias, o “espaço fiscal” no momento é bem mais diminuto para não dizer que é inexistente. Portanto, a escolha por uma política monetária expansionista seria mais natural. Todavia, há dois problemas críticos no caminho da presidente : o primeiro é que inflação está alta e é preciso controlá-la. O segundo é que o governo caiu docemente na armadilha da valorização cambial. Se os juros caírem, o câmbio pode subir e mais inflação virá. Ainda mais com a chance (cada vez mais concreta) de que as commodities caiam, talvez despenquem. Por tudo isso, a saída mais recomendável para o Brasil, país relativamente saudável frente a um mundo complicado, é que a política fiscal seja fortalecida e os juros comecem a cair na direção de um patamar civilizado. Estamos falando de uma política fiscal de superávit fiscal bem acima dos atuais 2% previstos – algo como 4% seria o ideal. A presidente escolherá este caminho ?

 O Dilema de Dilma II

 As primeiras (e incompletas) declarações da presidente dão pistas de que a escolha dela será pela via fiscal. Os jornais já noticiam esta escolha. Todavia, a presidente, o Congresso e a sociedade terão de suportar as conseqüências : menor atividade econômica e projetos de investimento adiados. A vantagem desta escolha é que esta pavimenta um crescimento no futuro – o qual pode ser mais longo que o mandato de Dilma – mais seguro e consistente. A desvantagem é que não haverá bons frutos nas próximas eleições. Não é uma “escolha de Sofia”. Na verdade é uma escolha de estadista. Avaliando as muitas variáveis que normalmente agem dentro de um governo, a probabilidade maior é que algo “médio” seja feito. Os compromissos imediatos do atual governo com o PT e seus aliados dão pistas de que tarefas de grande envergadura como a da política fiscal ficam mitigadas. A conferir.  

Qual austeridade ? 

Está no discurso oficial e oficioso, inaugurado para convencer os brasileiros mais informados de que o governo não “tergiversará” com as ameaças de crise financeira internacional bater nas portas do país, a promessa de manter sob estrito controle o gastos públicos. Dilma tem dito isto sempre que pode, no público e no privado. A ministra Miriam Belchior, do Planejamento, disse até que o governo pode tornar definitivo o contingenciamento de R$ 50 bi no Orçamento anunciado no início do ano. Na realidade, não houve cortes reais. Houve suspensão de promessas. As despesas oficiais continuam crescendo em relação ao ano passado, inclusive a de pessoal, esta puxada ainda por aumentos concedidos nos tempos de Lula, alguns estendendo-se até 2012. Mantega deve anunciar esta semana mais um excelente resultado no superávit primário, a economia feita para pagar juros. O governo já fez quase dois terços do previsto para no ano todo. Porém, a maior contribuição vem da receita – e no mês passado de uma arrecadação especial de cerca de R$ 7 bi, fenômeno que não aparece todo dia no horizonte.

E em 2012 ? Com alguns dos 32 vetos que assinou ontem na LDO do ano que vem, aprovada pelo Congresso em julho, Dilma reforça as suspeitas de o discurso da “austeridade fiscal” ser mesmo mais discurso do que realidade, agora e para 2012. Os temores de que ano que o governo não consiga cumprir as metas de superávit primário (3,1% do PIB), sem mágicas, obviamente, são grandes. Por pelo menos três razões : (1) é ano eleitoral ; (2) há um aumento contratado do salário mínimo de 14%, o dobro da inflação prevista para o semestre ; (3) será preciso acelerar os gastos já atrasados com obras da Copa e das Olimpíadas. Sem contar alguns reajustes salariais de difícil negociação como o pretendido pelo Judiciário, de cerca de 55% em média. Pois bem. Apesar de todas essas restrições, a presidente vetou dois itens da LDO, ambos propostos pela oposição, que ajudariam o governo a segurar as pressões gastadoras. Recusou o artigo que estabelecia que o déficit nominal do setor público (os gastos totais incluindo juros) ficasse limitado a 0,87% do PIB ; hoje eles passam dos 2%. E não aceitou também a norma que obrigava incluir no Orçamento os financiamentos feitos pelo Tesouro aos bancos oficiais através da emissão de títulos. Com isso, com os repasses periódicos feitos, por exemplo, para o BNDES, o governo estabelece um “Orçamento paralelo”, fora do controle do Congresso, ampliando a dívida pública e dificultando a política monetária do BC. Como diria o “nosso Delúbio”, austeridade demais é burrice – eleitoral.

PS – Nisso tudo, a presidente merece um aplauso : vetou também a pretensão dos parlamentares de retirar as famosas verbas de qualquer tipo de contingenciamento de início do ano. O pagamento seria automático e obrigatório, farra para ninguém botar defeito.

http://www.migalhas.com.br/mig_eco_politica.aspx?cod=139376

Estadão publica 6 fotos dos presos do Ministério do Turismo – A presidente Dilma não gostou

Vazam fotografias de seis presos na operação da PF no Turismo 

(por Bruno Siffredi)

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 – estadão.com.br

– Fotos de seis presos na Operação Voucher, realizada pela Polícia Federal no Ministério do Turismo na terça-feira, 9, vazaram e acabaram publicadas na capa da edição desta sexta-feira, 12, do jornal aGazeta, de Macapá. Os suspeitos – 18 deles já liberados – aparecem sem camisa e segurando um papel com a própria identificação.

Entre os envolvidos no esquema que aparecem nas fotografias estão o secretário executivo do Turismo, Frederico Silva Costa, o secretário de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, e ex-secretário executivo da pasta Mário Augusto Lopes Moysés (que aparece sem identificação), ligado à senadora Marta Suplicy (PT).

A autenticidade das imagens foi confirmada ao Estado pela assessora da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Amapá, Marclene Oliveira. Ela afirmou não saber como as fotografias vazaram. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou nesta sexta-feira que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, encaminhou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo ao Conselho Nacional de Justiça que tome providências sobre o vazamento das fotografias dos presos.

Grampos. O Estado teve acesso a gravações realizadas pela Polícia Federal, com autorização judicial, que revelam como os suspeitos agiriam para fraudar as licitações, além de articulações políticas para favorecer senadores e deputados. Em uma das gravações, Frederico da Silva Costa orienta empresário a montar ONG de fachada. Em outra, Colbert Martins da Silva Filho dá ordens sobre o andamento de um projeto que seria de interesse do senador José Sarney (PMDB-AP). Os dois ainda aparecem em outro grampo articulando a liberação de emenda para proteger deputado do PMDB.

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As lições do Incorruptível para Dilma

(Carlos Guilherme Mota* – O Estado de S.Paulo)

– O revolucionário Maximilien Robespierre dizia que seu negócio era combater o crime, não governá-lo.

Na história, situações há em que personagens do Estado, da política ou da cultura se veem obrigados a assumir papéis que os levam a adotar medidas radicais, daquelas que mudam o curso dos acontecimentos. Analisados em perspectiva histórica, crescem ou diminuem conforme as respostas que deram aos desafios de seu tempo, desde antes dos gregos e romanos até os modernos, como Galileu, Napoleão, Roosevelt, De Gaulle, Mandela, todos aliás grandes leitores de livros de história.
Hoje, é a ex-revolucionária Dilma Rousseff que se acha sob a luz dos holofotes. Nas pesquisas da mídia e nas torcidas desorganizadas desta “sociedade civil” com lideranças precárias, vem se tornando mais difícil a posição da herdeira de um modus político neopopulista e desse ethos nacional insuportável, em que a noção de República é manipulada e banalizada por agentes desqualificados. A presidente com sua caneta vai assumindo papel inesperado de agente moralizador para repor nos trilhos a máquina desgovernada de um imenso Estado patrimonialista, familista, clientelista. Difícil a faxina, pois ainda chafurdamos na transição de uma ditadura explícita para essa ordem constitucional confusa e pseudodemocrática em que personagens, dejetos e, sobretudo, mentalidades herdadas dos vários tempos históricos, da Colônia e do Império às Repúblicas de 1889 a 1988, permitem qualificar o modelo atual de democracia de meia-confecção.
Como jamais ocorreu nestas plagas a consolidação de uma sociedade capitalista de contrato democrática, muito menos uma revolução popular, tem-se (temos?) que conviver com o tal “presidencialismo de coalizão”. Ou seja, com essa invenção pervertida que jogou o País no patamar mais baixo do brejo da Conciliação, ideologia arquitetada pelas elites imperiais escravocratas do século 19 e imperante até hoje.
O resultado é o aprimoramento desse centralismo obtuso com imposição de normas jurídicas e de formas de comportamento que revelam o atraso de nossas instituições jurídico-políticas e, como decorrência, preocupante conformismo coletivo nacional. É nesse quadro que soam como radicais a atuação da promotoria com nova visão social e política, as ações rigorosas da Polícia Federal, de jornalistas e de lideranças iracundas da sociedade civil que tentam romper com um passado nefasto para a implantação de uma nova democracia.
Ora, impõem-se de fato maior transparência na gestão da coisa pública, efetiva representatividade dos políticos e rigor no combate à impunidade, com a prisão dos corruptos de variada ordem. Paralelamente, urge requalificar os quadros administrativos, políticos, educacionais, científicos, diplomáticos e militares. Nesse processo, como dizia Martin Luther King, “não me preocupa o grito dos violentos, os corruptos e os desonestos, mas o silêncio dos bons”.
A presidente Dilma crescerá – ou não – nessa encruzilhada desafiadora. Na construção de uma nova sociedade civil, reunida em torno de liderança não populista e não coalescente, poderá ela ter papel histórico se não se acomodar docilmente à tal “coalizão”, nociva por reaquecer hábitos que suporíamos ultrapassados pelo governo anterior, que se propunha “popular”.
O governo de Dilma parece firme. Pois “nunca antes na história deste país” três ministros de Estado caíram em tão pouco tempo – por razões distintas – e outros passaram a ser fiscalizados de perto. Dado que a Polícia Federal está submetida ao Ministério da Justiça e o ministro é subordinado à Presidência, torna-se claro que a presidente terá papel decisivo com sua pouca disposição para conciliar a qualquer preço com partidos da base, sobretudo com os recheados por agentes do fisiologismo tacanho, no caldo de oportunismo boçal.
Poderá ela, se quiser, passar à história como aquela que pôs fim à “transação cordial” pouco séria que nos denigre interna e externamente. E o vice-presidente, Michel Temer, se escolher o lado correto e controlar com mão forte seu partido, poderá jogar papel importante na reconfiguração nacional em curso. Ou ficar fora da história.
Agora é torcer, pois com a corrupção à solta e em conjuntura mundial de crise, não há Estado que aguente. A violência urbana (arrastões em restaurantes e praias, latrocínios e sequestros) e a violência rural (agravada nos últimos anos), mais o retorno da inflação, exigem medidas fortes. Pois os simpáticos “capitães da areia” de Jorge Amado, malformados e famintos, migraram para as cidades e uma multidão deles engrossa as estatísticas de assaltantes e de jovens motoboys mortos em nossas travadas anticidades.
A história ensina que, desde antes da Revolução Francesa, o pânico coletivo pode sempre ocorrer e ser “contagioso”, como se verifica na Inglaterra, no Chile, na Síria e outros países. Quanto a nós, somos filhos da Revolução Francesa ou do quê? A expectativa é que a presidente Dilma não passe por cima da lição do revolucionário francês Maximilien Robespierre, o Incorruptível, em seu célebre discurso de 1794: “Sou talhado para combater o crime, não para governá-lo”.

*CARLOS GUILHERME MOTA, HISTORIADOR, PROFESSOR EMÉRITO DA FFLCH DA USP E PROFESSOR TITULAR DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE, É AUTOR DE HISTÓRIA E CONTRA-HISTÓRIA (EDITORA GLOBO)

O Brasil desperdiçou a chance de ser passado a limpo. Dilma Rousseff medrou. Borrou as calcinhas.

Quando pensei que o Brasil finalmente começara a passar a limpo a institucionalizada corrupção grassante desde o primeiro dia do governo petista sob a batuta do grande maestro Lula, eis que a continuadora da obra assaltante do erário brasileiro vestida de pele de cordeiro despiu-se sem qualquer resquício de vergonha e ética.

A presidente intimidou-se ante a velada (?) ameaça pública de Alfredo Nascimento, ex-ministro dos transportes, de abrir o bico perante a nação quando disse que não fizera nada sozinho. Pior. Que se aproveitaram do fato (o governo) da ausência dele do ministério por estar em plena campanha visando ser eleito para governador de seu estado, soltando grana a rodo para as candidaturas atreladas ao PT, algo em torno de 20 bilhões. Toda a dinheirama entrou e saiu pela rubrica do MT.

O constrangimento foi visível. A tropa de choque petista chamou a presidente à razão. Foi atendida. De imediato algo misterioso e incoerente se interpôs entre o verbo e a prática.

A chefe da nação assumiu pessoalmente o comando das ações em favor da corrupção coligada, no sentido de aplacar a ira do Partido da República. Um ato a 180 graus do que o grito da sociedade clama.

Cargos importantes estão sendo loteados e postos a venda. Amigos e escudeiros de rabo preso estão sendo jogados para escanteio em nome da “governabilidade”. É o caso de Eduardo Campos (PSB-PE), governador de Pernambuco, fidedigno babão petista, cuja mãe, deputada federal Ana Arraes (PSB-PE), cotada pela presidente para a presidência do TCU, é traída e forçada a “abrir mão” graciosamente em favor do deputado Sérgio Carneiro (PDT-BA).

PDT baiano tem cacife. É dono de um dos dois votos que foram retirados da assinatura em favor da CPI do Ministério dos Transportes. O senador João Durval (PDT-BA) aceitou a oferta de Dilma sob a forma de promessa para a indicação do planalto para a candidatura de seu filho ao perpétuo cargo de ministro do TCU.

O caso Ministério dos Transporte-PR, nem bem esfriou, surgiu novas denúncias envolvendo o Ministério da Agricultura e o ministro Wagner Rossi, do PMDB. Rossi é afilhado de Michel Temer, também peemedebista. Uma súcia só.

A presidente Dilma, mais uma vez, sai em defesa do acusado, o que é praxe em governo corrupto. Ao longo da semana veremos o desenrolar dos fatos. Fatos que são previsíveis. Será mantida a tese da defesa e ao final quando se constituir provas contundentes que mostrarão a verdade contra o governo virá o pedido de demissão do ministro, e uma varredura na lixeira do ministério quando será demitida parte da corja numa tentativa de desviar o foco da roubalheira em favor dos bolsos cuecas e calcinhas governantes e assessoria direta e indireta.

FC.

Há fogo amigo conspirando contra a Presidente Dilma Rousseff?

Um suposto desmonte do governo Dilma está em plena fase de execução. Não há como ou o que negar. Palloci encabeçou o processo tentando se impor com a ajuda do ex-companheiro presidente o qual atropelou a não tão ingênua  presidente,  ingerencialmente. A sociedade de pele curtida com tanta corrupção não deixou por menos e na esteira dos enérgicos protestos e cobranças através de seus representantes no Congresso, e contando com a ajuda do chamado fogo amigo (governistas contra governo), conseguiu o afastamento do então todo poderoso ministro chefe da Casa Civil. Antonio Palloci não foi beneficiado por suas estrepolias – farras homéricas e outras aberrações, todas patrocinadas pelo erário; enriquecimento ilícito galopante.

O segundo momento não tardou a chegar. Partido da República (PR) ou partido da repartição da grana ministerial sob imposição e suporte do venal Luiz Inácio LULLA da Silva, implodiu diante das provas de condutas inadmissíveis em qualquer país de cidadãos e governo honestos, atualmente sem direção qual nau sem rumo em meio a tempestades de raios e trovões, mar encalpelado e tsunamis devastadores. Mas as provações dilmistas em que pese a atitude de limpeza moral dentro do Ministério dos Transportes (em vias de fechar ?), não teminaram.

A revista Isto É, no seu papel informativo, denuncia novo escândalo. Ministério das Cidades é o novo premiado.  Envolve outro partido da sustentação do governo:  PP, Partido Progressista: Leodegar Tiscoski, tesoureiro e a súcia executiva na contramão das orientações do TCU, torravam o dinheiro das rubricas sob avaliação de uma lista, dessas tipo intermináveis, de irregularidades.

Temo pela presidente Dilma. Seu coração pode falhar antes que ela continue a passar a vassoura redentora da honestidade e conduta ilibável, que arrasta o chorume que enlameia os ministérios brasileiros. Todos.

FC.

Ministério dos Transportes em vias de fechar as portas: o último a sair tem a nobre missão de jogar desinfetante em todas as dependências

Dilma ta com tudo e não ta prosa. Parece trator de madeireira criminosamente arrastando com correntes, fauna e flora nos desmatamentos…

A “fauna” em questão ganhou status de corrupta, bandida, salafrária, desonesta, ladra do povo, gatuna da consciência coletiva, e derivados.

Queira céus a presidanta tenha chegado a tempo de não deixar o arrastão apagar os rastros para onde a dinheirama do erário escorreu; que a engendrada ação redentora não encene e camufle algo ainda mais tenebroso da sordidez petista.

É situação que merece uma reflexão crítica e consciente entre os cenários de Lula e o de Dilma Rousseff. Esmola grande pobre desconfia. Sai ministro entra outro de igual ou pior valia. Sai diretor entra outro que o ministro falso demissionário indicou (?): moto contínuo na girândola dos artifícios e das artimanhas governamentais. Brasil, avante! Acorda!!!

FC.

O misterioso advogado do Diário da Noite e o vigarista que se hospedou no DNIT

(por Augusto Nunes)

            –  Fred (à esquerda) e o amigo Valdemar Costa Neto PR-SP (centro)

– Ninguém na redação do Diário da Noite sabia quem era aquele homem de terno e gravata que chegou no começo da tarde, caminhou sem pressa até a mesa desocupada, pendurou o paletó na cadeira, sentou-se com a naturalidade de quem está em casa, fez algumas ligações telefônicas, recebeu cinco ou seis visitantes e conversou com cada um cerca de meia hora, sempre em voz baixa. Deve ter padrinho forte, imaginaram os que o viram partir na hora do crepúsculo.

Voltou na tarde seguinte e reprisou o ritual da véspera. E assim foi por cinco dias, até que alguém enfim lhe perguntou quem era e o que fazia na redação. Era advogado e tinha escritório montado ali perto da sede dos Diários Associados, esclareceu o desconhecido. Naquele início dos anos 70, um amigo que trabalhava na empresa vivia dizendo que aquilo se transformara numa terra sem lei. Ninguém sabia quem mandava, cada um fazia o que queria. Ao passar diante do prédio, bateu-lhe a ideia de acampar na redação do Diário da Noite. Como não encontrou nenhum impedimento, improvisou na mesa uma filial da banca de advocacia. Aquilo era mesmo uma terra sem lei.

Neste começo de inverno, o Brasil foi apresentado a uma história mais espantosa e mais desmoralizante que a do misterioso advogado. O caso  do Diário da Noite talvez nem tenha acontecido, mas os jornalistasque costumam evocá-lo para ilustrar a tese de que não há limites para o absurdo quando alguma redação escapa ao controle dos incumbidos de conduzi-la. A versão produzida pela dupla Lula e Dilma é lastimavelmente verdadeira. A empresa em estado terminal foi substituída pelo governo federal. O jornal à deriva é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, vulgo DNIT. E o advogado desconhecido é um vigarista com nome, sobrenome e apelido.

Frederico Augusto de Oliveira Dias, o Fred, ocupa desde 2008 uma sala do DNIT e o cargo de “assessor do diretor-geral”. Há quase três anos, acumulando as funções de representante do deputado Valdemar Costa Neto ─ chefão do PR e do bando  que age no Ministério dos Transportes ─, Fred despacha despacha com prefeitos, parlamentares e autoridades de outros ministérios, preside reuniões destinadas a estabelecer prioridades, apressa a liberação de verbas multimilionárias. É o que continuaria fazendo se não fosse localizado por VEJA no meio da turma que enriquece nas catacumbas do Ministério dos Transportes.

Nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff ordenou ao novo ministro, Paulo Passos, que demitisse o negociante de verbas. Impossível, informou nesta quinta-feira o Correio Braziliense: como o advogado do Diário da Noite, Fred nunca foi nomeado oficialmente para qualquer cargo, não figura na folha de pagamento, não aparece no quadro de funcionários. Chegou lá em 2008 porque Valdemar Costa Neto determinou-lhe que cuidasse dos seus interesses no DNIT. Instalou-se numa sala e entrou em ação. Como não encontrou nenhum impedimento, foi ficando.

Paulo Passos não sabe quem paga o salário do notório vigarista. Também garante que mal conhece Fred, que o acompanhou numa viagem à Bahia quando era ministro interino. O inverossímil Luiz Antônio Pagot faz de conta que não sabe direito quem é ou o que faz o assessor com quem conversava diariamente. “Não vou dizer que é um pobre coitado, mas não é funcionário de carreira, não tem poder de decisão nenhuma”, desdenhou. “Se pudesse comparar, diria que é um estafeta, um boy”. “Boy”, por sinal, é o apelido de Valdemar Costa Neto, que infiltrou numa sala perto do cofre o amigo e cabo eleitoral.

Em troca do apoio incondicional ao governo, Lula presenteou gatunos de estimação alojados no PR com o controle do Ministério dos Transportes e um salvo-conduto que permite roubar impunemente. O advogado do Diário da Noite ficou alguns dias na redação porque o jornal estava morrendo de anemia financeira. O quadrilheiro do DNIT ficou alguns anos por lá porque sobra dinheiro e falta cadeia.

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