“Aloprado” petista, no dizer de Lula, Hamilton Lacerda, o homem da mala, assumiu secretaria onde o PAC despejará 5 milhões

Não é pouca grana. Ser o salafrário um petista contumaz, justifica o convite e a posse. Lacerda ainda teve o desplante de dizer que sua contratação foi baseada em seu “perfil técnico”.

Pode ser? Pode não!

Foi preso pela Polícia Federal com 1,7 milhão na mala para pagar a compra do dossiê contra José Serra. Na ocasião do escândalo, foi condenado por Lula que o tachou de aloprado. Polícia e justiça, acompanharam o PT e outras pérolas do submundo presidencial. Mandaram para o limbo o processo pertinente. Todos.

O consórcio que dirigirá, abrangerá sete municípios da região do ABC, em São Paulo. Faz um mês e meio que está no cargo.

 

FC

Igreja Católica distribui kit sobre a ética sexual e suas reflexões

Kit peregrino

O manual assim chamado certamente ecoará com bastante intensidade nos rincões brasileiros, e não somente entre os 350 mil agraciados com a distribuição entre os católicos. Milhares de jornalistas credenciados do mundo inteiro, e cerca de 60 mil voluntários da JMJ, também receberam o livreto. Na abordagem inclui aborto, reprodução assistida, eutanásia, homossexualismo e moral cristã.

Uma das perguntas escolhida e respondida no próprio “kit peregrino”, óbvia a partir da ótica religiosa cristã, deve mexer bastante com o sentimento humanista da sociedade, principalmente entre as minorias excluídas e sem voz diante das Igrejas, contradito reacionário na eterna discussão dos preceitos bíblicos intransponíveis.

A Igreja: “Todos os modelos familiares seriam válidos, desde que a criança seja amada?”

Reflexionando e respondendo por si mesma:

“Naturalmente, é essencial ser amado pelos pais, mas não basta.”

E conclui:

“Nascemos menino ou menina. A procriação necessita de pai e mãe. A criança precisa de pai e mãe para se desenvolver”.

A sociedade moderna aperfeiçoada em suas instituições, certamente discordará daquilo que entende como intolerância. A lei Divina, quanto a lei civil, são boas quando sua aplicabilidade  beneficia direta ou indireta e indistintamente grupamentos sociais relevantes. Minorias não estão inseridas no pensamento.

Fora do contexto, as brigas recrudescerão. Marchas modernas em direção a Cristo, podem findar, no futuro, em novas cruzadas evangelizadoras. Que não voltemos a idade média.

Inteligência descobre que empresas europeias doam 100 milhões de Euros por ano para mensaleiros

Alerta Total – Jorge Serrão

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
 

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
 
Exclusivo – O Rosegate é a prova de que o Mensalão não acabou e parece eterno como os diamantes. Investigações sigilosas da Polícia Federal e de setores de inteligência das Forças Armadas descobriram que é de 25 milhões de Euros a generosa contribuição trimestral “doada” à cúpula de petistas por empresas européias beneficiadas com negócios no Brasil. A grana pesada (100 milhões anuais) rola por fora da contabilidade oficial, em depósitos feitos no exterior. Se tal descoberta não for abafada e ficar de fora do inquérito da Operação Porto Seguro, o titanic do PT vai afundar. Um descuido (ou aposta na impunidade) fez com que viesse à tona o informe, que circula pela internet, de que, numa viagem de Lula a Portugal, Doutora Rosemary Nóvoa Noronha teria levado, na “mala diplomática”, 25 milhões de Euros. O valor, que teria sido declarado à receita portuguesa, seguiu em carro forte para depósito na agência central do Banco Espírito Santo, na cidade do Porto. A PF sabe que vários condenados no Mensalão – e um dos milagrosamente absolvidos – têm movimentadíssima conta corrente no BES português. A imperícia foi que Rose mandou fazer o depósito tendo Luiz Inácio Lula da Silva como o possível beneficiário de um seguro que fora feito para evitar “algum sinistro” com tanto dinheiro. Se os dados da Aduana do aeroporto internacional Francisco de Sá Carneiro forem confirmados oficialmente, o bebê de Rosemary vai sofrer um aborto político. O Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, já pensa em pedir a prisão preventiva de Rosemary e intimar seu amigo Lula para dar explicações oficiais sobre tudo que envolve o Rosegate.
Um outro descuido, cometido por outro amigo de Rosemary, também detectado pela Polícia Federal, é guardado em estranho sigilo. Sete meses atrás, mesmo usando indevidamente as facilidades da “área reservada a autoridades”, o consultor e advogado José Dirceu de Oliveira e Silva teve um probleminha no embarque internacional do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Um servidor da Receita Federal resolveu apreender 35 mil Euros que ele levaria a uma viagem à Europa. O preço pago pelo ousado funcionário foi ganhar uma promoção: acabou transferido para o Aeroporto dos Guararapes, em Recife. Dirceu só ficou sem a grana em excesso que levava.
O fato mais grave de todos é que a Presidenta Dilma Rousseff – mesmo não envolvida ou beneficiada por tais maracutaias – têm pleno domínio de todos estes fatos sigilosos. Tanto que uma das cinco facções com poder na Polícia Federal já vaza que a Operação Porto Seguro estava programada para acontecer em setembro. Mas a cúpula da PF recebeu “uma ordem de cima” para nada fazer naquele momento, porque tumultuaria a situação política eleitoral. Torna-se ridícula a tentativa de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negar que a quadrilha atuasse na Presidência da República. Rosemary era chefe de gabinete da PR em São Paulo por indicação do bem amado Lula e por conveniência (ou conivência) da Presidenta Dilma Rousseff.
Rosemary não teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal, na deflagração da Operação Porto Seguro, simplesmente porque houve um movimento – que falhou – para que seu nome nem viesse à tona nesta primeira fase de investigações. Ficaria no famigerado “segredo judicial”. Mas como a operação envolveu também agentes de informação das Forças Armadas, ficou impossível esconder quem era Rosemary e o que ela representava, de verdade, para o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rosemary terá de explicar como utilizava um passaporte exclusivo de membros do primeiro escalão governamental para viagens de negócio ao exterior que fazia sem a presença do amigo Lula. Serviços de inteligência das Forças Armadas receberam informes de que Rose participaria de negócios com diamantes em pelo menos cinco países: Bélgica, Holanda, França, Inglaterra e Alemanha. As pedras preciosas seriam originárias de negócios ocultos feitos pela cúpula petralha na África, principalmente Angola. Tal informação também foi passada à PGR pelos militares.
Foram detectadas dezenas de viagens não-oficiais de Rosemary ao exterior, para “passeios de negócios”. O passaporte especial a denunciou. Foram 23 para a França. Para Suíça, ocorreram 18, por via terrestre, partindo de Paris, e mais quatro por via aérea. Rose também fez 12 deslocamentos de avião para a Inglaterra. Outras sete viagens para o Caribe e os Estados Unidos, aconteceram de navio – de acordo com a inteligência militar brasileira. Tais informações sigilosas sobre o Rosegate não aparecem nas 600 páginas do inquérito da Operação Porto Seguro.
O temor petralha é que o destino deles está nas mãos do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel – a quem os “gênios” do PT tentaram indiciar na CPI do Cachoeira, mesmo sabendo que o procurador nada tem com o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos. Gurgel tem tudo para decidir que a Operação Porto Seguro será mais um caso para o Supremo Tribunal Federal, por envolver autoridades com prerrogativa de foro privilegiado. De imediato, Gurgel deve pedir a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Lula & família, mesmo sabendo que nem tudo deve ser descoberto.
Gurgel tem tudo para pedir a prisão preventiva de Rosemary – que só os íntimos amigos petistas sabem por onde anda. Rose só não foi presa inicialmente por sua intimidade com o poderoso Lula. Exatamente por isso, agora, ele deve prestar contas à Justiça. Gurgel já tem documentos que confirmam como a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo agia com respaldo de Lula, principalmente nas viagens internacionais que fazia em companhia dele ou não, portando passaporte especial privativo de autoridades diplomáticas. E, também, como Rose ainda atuava em sintonia com José Dirceu, José Genoíno e demais figuras de proa condenadas na Ação Penal 470 do Supremo Tribunal Federal.
A imagem do governo Dilma será afetada diretamente pelo Rosegate. No teatro, até agora, ela tem se saído bem. Seus marketeiros venderam a falsa imagem de que ela demitiu Rose – quando, na verdade, o Diário Oficial da União publicou a conveniente expressão “exoneração a pedido” (da própria exonerada). Mas Dilma só terá mesmo problemas sérios se a economia atrapalhar. Governos suportam denúncias de corrupção, mas não resistem em tempos de agravamento de crise econômica.
Luiz Inácio Lula da Silva também tem um fim de carreira tenebroso. E a desgraça dele começa em casa. Mesmo que Marisa Letícia venha a público com a conversa de que ele é um sujeito família e que nada houve entre ele e Rosemary, o casamento fica, no mínimo, estremecido com a midiática fofocagem – inclusive internacional – sobre a relação Lula-Rose. Mas o grande temor dos amigos de Lula é com a saúde dele. Tratamento pós-câncer não combina com pressões psicológicas como as que ele vem sofrendo agora.
O mito Lula vive seu momento mais infernal. E tudo pode ficar ainda pior se o Procurador-Geral da República cumprir o dever… O que não ocorreu no processo do Mensalão, porque não convinha às ocultas forças internacionais que controlam o Brasil de verdade. Mas agora, como Lula nada mais é que um ex-Presidente, sem foro privilegiado ou imunidade parlamentar, a casa do mito tem tudo para ruir.
Pelo menos para a cúpula do PT, parece que a famosa Profecia Maia sobre o “fim do mundo” já é uma realidade bem concreta.
Diferenças fundamentais
O craque Jorge Bastos Moreno, de O Globo, revelou ontem que o ex-presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, último dos presidentes da tal da dita-dura, tinha uma namorada secreta.
A grande diferença é que a empresária Myriam Abicair, que hoje é dona do badalado spa “Sete Voltas, em Itatiba, sempre foi tratada por Figueredo como “namorada” – e não como mera “amante”.
Outra diferença é que Myrian nunca entrou na aeronave presidencial, nunca teve cargo no governo, nunca fez parte de quadrilha para praticar tráfico de influência em benefício de empresas que fazem negócios com o governo e pagam mensalões, nem nunca se meteu com o complicado e perigoso negócio de venda internacional de pedras preciosas…
A conclusão a que se chega é que já não se fazem mais namoradinhas de presidentes como antigamente…
Vida que segue… Ave atque Vale! Fiquem com Deus. O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: http://www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

3 vídeos do Kit Gay que Haddad queria impor aos estudantes a partir dos onze anos de idade

Fonte: Youtube

O kit também se encontra na página 93 do seu programa de governo para o alunato da prefeitura de São Paulo, caso ele vença José Serra no segundo turno paulistano.

 

O Brasil pós mensalão

É um tanto precipitado afirmar que o mensalão brasileiro acabou quando seus mentores foram condenados. Sempre haverá grupos ou alguém em particular pensando em criar novas formas de lesa-estado. A própria presidente da república Dilma Roussef, certamente está imbuída nesse propósito. Envidou esforços para numa agenda particular levar toda a comitiva que a apoia politicamente sob os auspícios do erário a São Paulo capital, com vistas a eleger em segundo turno Fernando Haddad. O contribuinte pagando a conta da mais nova imoralidade. É o mínimo que podemos pensar.

Dilma começou comprando o apoio de Marta Suplicy em troca de um ministério; agora chegou a vez de Miguel Chalita, cujo apoio a Haddad lhe renderá também, um ministério.

Outras compras virão. Nenhum político apoiará o ex-ministro da educação sem grana e/ou qualquer benesse que sirva de trampolim para as chaves dos cofres públicos.

Ao PT só resta vender os alicerces do partido ao diabo, posto que a alma não mais lhe pertence. Foi negociada com Paulo Salim Maluf diretamente por Lula.

FC

Erundina – A exceção petista

Há decência no ninho peçonhento do Partido dos Trabalhadores? Sim. Há!

Luiza Erundina não pactua com os capos mafiosos, tampouco da gentalha travestida de políticos unidos pela cuia comum na esperança de uma fatia maior das migalhas que sobram dos bolsos, cuecas e calcinhas da súcia mor do PT.

Erundina negou-se a fazer parte do circo armado nas portas da prefeitura paulista. Recusou por que não quis subir no palanque de Haddad ao lado de Lula e Maluf depois que soube da falcatrua política estabelecida entre os dois. Lula vendeu a alma a Maluf, ao entregar de mão beijada a Secretaria de Habitação de São Paulo como troca por míseros minutos no horário eleitoral dito gratuito para a prefeitura paulista.

Não bastando, o apedeuta desavergonhadamente ainda cumpriu a exigência malufista de sacramentar o nefasto acordo na mansão do deputado procurado pelo mundo inteiro pela INTERPOL. O que não é de estranhar. Anteriormente vendera a alma ao Diabo, ocasião em que perdeu o resto da decência e da ética supostamente tida em algum momento da suja existência, enquanto político.

FC

Brasil, São Paulo, São José dos Campos – Centro de excelência da formação e da construção aeronáutica brasileira

Na cidade da Embraer, um aeroporto padece

Veja.com.br

Aeroporto de São José dos Campos (SP) não consegue receber dois vôos simultâneos; prefeitura que tomar o local e concedê-lo à iniciativa privada

Ana Clara Costa

São José dos Campos, a menos de 100 quilômetros de São Paulo, figura na lista das vinte cidades mais ricas do país, com um Produto Interno Bruto (PIB) de 22 bilhões de reais. Lá estão 26 mil empresas, algumas do porte da Embraer, General Motors e Ericsson, e os mais importantes centros de pesquisa da América Latina nas áreas espacial, energética e aeronáutica. O município conta ainda com pujantes polos de defesa e petroquímico. Na cidade que domina a tecnologia de voar, no entanto, o aeroporto é uma lástima. Operado há oito anos pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o terminal Professor Urbano Ernesto Stumpf é um exemplo completo do descaso e incompetência da estatal.

Desde que a Infraero assumiu o controle do aeroporto, o fluxo anual de passageiros saltou de 50 mil em 2003 para 240 mil em 2011 (o limite é de 90 mil), sem que fosse feita sequer uma reforma nas instalações. Houve apenas o recapeamento das pistas. Passageiros que partem da cidade para estadias de curta duração não podem deixar seus carros em garagens – simplesmente porque só há uma com capacidade para apenas 50 veículos. Serviços simples e indispensáveis, como banheiro, causam vergonha nas empresas que recepcionam empresários vindos de outros locais e que são obrigados a descer em São José dos Campos pela falta de opção em Guarulhos. “Muitos chegam a pedir para desembarcar Guarulhos, apesar da distância, devido à falta de estrutura aqui”, afirma um executivo de uma empresa da cidade que pediu para não ter seu nome citado.

Ineficiência estatal – Em ano de revisão do sistema aeroportuário brasileiro, em que o governo arrecadou 24 bilhões de reais nas concessões à iniciativa privada dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, o de São José dos Campos é um retrato da vergonhosa ineficiência que impera no setor aéreo nacional – sobretudo nos terminais de cidades de porte médio. No aeroporto que fica a poucos metros da sede da Embraer – empresa que é referência internacional em tecnologia aeronáutica –, dois voos não conseguem ser desembarcados ao mesmo tempo por falta de terminal, esteiras e espaço físico. Para lá, voam apenas as empresas Trip e Azul. Para se ter ideia, na também paulista Ribeirão Preto, que tem praticamente o mesmo número de habitantes de São José (pouco mais de 600 mil), o aeroporto – operado pelo governo do estado de São Paulo – teve um fluxo de um 1,4 milhão de passageiros no ano passado e conta com os serviços de cinco companhias aéreas.
Para tentar reverter esse quadro e transformar o local em um centro lucrativo, o prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB/SP), enviou em 2011 um ofício ao ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, em que pedia a municipalização do aeroporto. Em um plano de negócios de quase 40 páginas, elaborado em parceria com uma consultoria privada, a prefeitura expõe a intenção de tomar para si a gestão do local e, posteriormente, concedê-la à iniciativa privada – tal como ocorreu com as três “joias” da aviação nacional.

O projeto – A ideia de Cury é transformar o aeroporto de São José em um centro de negócios com uma área para comportar indústrias, outra para um novo terminal de passageiros, um centro de eventos empresariais, um terminal para aviação executiva e outro para cargas. Na argumentação do prefeito consta não só a presença maciça de empresas na cidade, mas também a existência de mão de obra especializada formada nas diversas instituições de ensino locais, como o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), e centros de treinamento de pilotos. “São mais de dois milhões de metros quadrados de área disponível. Dá para fazer muita coisa respeitando o plano diretor do aeroporto – sobretudo porque temos um complexo viário muito desenvolvido que vem até São José”, afirma o prefeito.

Não será tarefa fácil convencer o governo federal e a Infraero a ceder o terminal. A estatal não está nada disposta a engolir uma ‘nova derrota’, após perder o controle dos três principais aeroportos do Brasil. Teoricamente, ela prevê investir os recursos das outorgas de Guarulhos, Viracopos e Brasília – que serão depositados no Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) – nos aeroportos menores e assim fomentar a aviação regional. Além disso, São José dos Campos está no centro estratégico e industrial do estado de São Paulo, com um potencial de negócios que desperta cobiça.

Especialistas ouvidos por VEJA apontam que o aeroporto Professor Urbano é um dos que maior potencial guarda mesmo com a ‘concorrência’ de Guarulhos, a apenas 73 quilômetros de distância dali, e de Viracopos – ambos terão sua capacidade ampliada significativamente pelas concessionárias privadas. “Há uma demanda reprimida muito grande na região para voos domésticos e que pode ser suprida por São José, sem afetar Guarulhos”, afirma um técnico da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Contudo, é preciso saber que um aeroporto melhor não irá trazer mais progresso para a cidade. Isso porque, até hoje, São José mostrou ser capaz de atrair empresas sem contar com essa estrutura”, afirma a fonte.

Em estudo – Procurada pelo site de VEJA, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está estudando o projeto apresentado pela prefeitura e deverá emitir um parecer ainda neste semestre. Três cenários são possíveis: municipalização, concessão ou a manutenção do terminal nas mãos da Infraero.

O ministro Bittencourt, conforme apurou a reportagem, já mandou um recado “aos apressadinhos”. Ele disse que estudará o projeto e que, para isso, levará o ano inteiro. Até lá, não tomará qualquer decisão. Ante a demora já anunciada, o secretário teria se comprometido a trabalhar para que a Infraero construa um Módulo Operacional Provisório (MOP) – o famoso “puxadinho” – para tentar aumentar a capacidade de pousos e decolagens simultâneas do local. Por ora, apenas promessas.

Sombras do passado

(NELSON MOTTA – O Estado de S.Paulo)

Por mais que os ficcionistas quebrem a cabeça para inventar crimes, mistérios e conspirações complexos, surpreendentes e emocionantes, os livros, filmes e seriados acabam sempre superados pela vida real. O assassinato do prefeito Celso Daniel completa dez anos sem culpados nem condenados, e, pior, desde o início das investigações sete testemunhas e investigados já foram assassinados ou morreram em circunstâncias misteriosas. O principal acusado é digno de um pulp fiction: o Sombra.

O roteiro: prefeito de uma próspera cidade industrial faz um acordo com empresários correligionários para desviar dinheiro público para as campanhas do seu partido. Ninguém ganharia nada, não eram corruptos, eram patriotas a serviço da causa e do partido, afinal, estava em jogo transformar o Brasil, os nobres fins justificavam os meios sujos. Foi assim no início, mas o ser humano…

Com a dinheirama crescendo e rolando sem controle, o Sombra, chefe da operação e amigo do prefeito, começa a desviar um levado para sua própria causa. Outros empresários do esquema, e alguns políticos que intermediavam as contribuições, também começam a meter a mão. Até que o prefeito, que não sabia de nada, descobre tudo e ameaça detonar o esquema. Seria o fim para o Sombra e para a quadrilha.

O prefeito é atraído pelo Sombra para uma cilada, o carro dos dois é interceptado por bandidos e o prefeito sequestrado. O Sombra escapa ileso. Nenhum resgate é pedido, dias depois o prefeito é encontrado morto a tiros e com marcas de tortura. Contra as evidências, a polícia trata o caso como um sequestro comum, mas o Ministério Publico vai fundo nas conexões politicas.

O garçom que havia testemunhado a última conversa entre o prefeito e o Sombra é executado. Em seguida, uma testemunha da morte do garçom. O bandido que fazia a ligação entre os sequestradores e o Sombra é assassinado na cadeia.

O médico legista, que atestou as marcas de tortura, morre envenenado. Ameaçado, o irmão do prefeito se exila na França. O Sombra continua nas sombras, o processo não anda, logo o crime estará prescrito. E o pior de tudo: não é ficção.

Fotógrafo do ‘Estado’ é premiado por imagem de Dilma em ato militar

O fotógrafo Wilton de Sousa Junior, de O Estado de S.Paulo, é o vencedor do Prêmio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha, na categoria Fotografia. Wilton Junior foi premiado pela foto da presidente Dilma Rousseff durante cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ). No mesmo clique, o fotógrafo combinou a imagem de Dilma inclinada para a frente com o registro, em segundo plano, de um militar empunhando uma espada. Como resultado final, a presidente parece ser transpassada pela arma.

A imagem foi publicada na edição de 21 de agosto de 2011 do Estado. O resultado foi anunciado hoje pela Agência Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. Segundo a Efe, o júri destacou, na foto de Wilton Junior, “a habilidade do fotógrafo para captar um instante de perfeita sincronização cujo resultado produz supresa”.

 

A publicação da fotografia coincidiu com um momento delicado do governo Dilma, em que o PMDB, principal aliado, estava em conflito com o PT, partido da presidente, em disputa por espaço e troca da acusações que envolviam ministros dos dois partidos. “Eu buscava uma foto que sintetizasse o momento difícil que a presidente Dilma vivia. Tentei fazer a foto de mais perto, mas o resultado não ficou tão bom. Então, optei pela imagem mais distante”, diz Wilton Junior, que tem 37 anos de idade, 19 de profissão e está no Estado desde 2001.

No evento, a presidente participou de uma cerimônia de entrega do espadins aos 441 cadetes da turma Bicentenário do Brigadeiro Sampaio, realizada na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, na Região Sul Fluminense.

Quem tem câncer deve ter o mesmo “tratamento” do Lula

  • Minha mãe morreu de câncer. Sei bem o que isto causa no paciente e conheço na pele a tristeza de perder a pessoa que a gente mais ama no mundo. É justamente por causa disto que sou solidário a todas as pessoas que sofrem deste mal. E é justamente por causa disto que não me conformo com os privilégios que certas pessoas têm em relação a outras que estão em busca de tratamento.

Sim, estou me referindo ao Lula. Longe de mim desejar o mal ao ex-presidente, mas veja como as coisas funcionam no Brasil. Alguém aí pode me explicar porque um cidadão brasileiro não tem o mesmo benefício que teve este ex-político, hoje aposentado de suas funções, que recebeu o diagnóstico da doença em um dia e começou o tratamento 48 horas depois? Por que cada um de nós não pode ter o mesmo tratamento justo e, principalmente, digno que teve o ex-presidente? Por que a presidenta Dilma Rousseff conseguiu acesso imediato a uma droga moderníssima para tratar de seu linfoma enquanto pacientes com o mesmo problema ficam meses — sim, meses! — esperando um medicamento bem mais comum e igualmente caríssimo?

Enquanto isto, milhões de pacientes chegam a esperar mais de um mês por um diagnóstico patológico e mais de cinqüenta dias na fila de cirurgias! E o problema ainda é agravado pela burocracia absurda e pelo fato de os médicos não se sujeitarem mais a receber os salários ridículos que são pagos pelo SUS — inacreditáveis R$10 a R$17 reais mensais por cada paciente de quimioterapia. Você acha justo um médico receber R$ 1.200 para trabalhar vinte horas semanais e ser obrigado a atender 18 pacientes ou mais em quatro horas diárias? Para mim, isto é uma vergonha!

Agora, o pior mesmo é saber que milhares de pessoas chegam a morrer na fila de atendimento esperando por um medicamento específico ou até mesmo por uma cirurgia que poderia salvar a sua vida.

Vamos parar de hipocrisia!

Pode reparar que toda vez que um político “figurão” das regiões Norte e Nordeste tem a saúde comprometida, o cara vem fazer exame em São Paulo. Quer prova maior de que o sistema de saúde do Estado natal do sujeito não funciona? E não funciona justamente pela incompetência/negligência da própria classe política do Estado de origem deste político.

A falta de eficiência do sistema é gritante e revoltante, ainda mais quando sabemos que ter um cargo importante na política faz com que o atendimento seja totalmente diferenciado, apesar de a nossa Constituição dizer que somos iguais e temos todos os mesmos direitos.
Você acha que o Lula está preocupado se o medicamento que ele precisa usar em seu tratamento vai demorar a chegar? Será que ele ficou estressado por não saber quando seu tratamento seria iniciado? Não, né?

Vamos parar de hipocrisia!

Querem melhorar a Saúde no Brasil? É fácil. Basta criarem uma lei federal que obrigue o político doente a se tratar em seu próprio Estado e pelo SUS. Pode apostar que em menos de um ano teremos padrões noruegueses de atendimento médico no Brasil inteiro.

A farra com o erário

(Wellington Fontes Menezes ) – O espetáculo perdulário da promoção da Copa do Mundo no Brasil beira a completa barbárie. Na última quinta-feira, 20 de outubro, uma verdadeira carreata do oportunismo político ocupou o terreno baldio ao lado da Estação Itaquera do metrô. Como se fosse para bater uma “pelada” a “rapaziada” se animou tanto que inclusive estava presente o ex-craque do futebol nacional, o neocorintiano Ronaldo Nazário, que é o atual fenômeno dos bastidores da publicidade esportiva e contratos obscuros. Talvez faltasse um colorido mais popular a confraternização tais umas cervejinhas, além da carne de felino para queimar no carvão. Sem uma batucada mais estridente, o principal motivo da Copa em São Paulo já tinha sido acertado bem antecipadamente: se não deu pagode, dará muito lucro aos seus organizadores.

A várzea é aqui. A caravana foi politiqueiramente grande: a cúpula dirigente do clube do Corinthians acompanhada do tucano governador Alckmin, “apartidário” o prefeito Gilberto Kassab, representantes do Ministério dos Esportes, órgão mergulhado em denúncias de corrupção, além das mãos da parceria siamesa, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Fédération Internationale de Football Association (FIFA). Muitos “companheiros” vieram ao bairro de Itaquera para representar a oficialização do teatro a respeito da “abertura” da Copa em São Paulo. Sem maiores cerimônias, o circo do terreno baldio se fez presente: gargalhadas de rapina, abraços, afagos, elogios acéfalos, ufanismo patético e cerca de um bilhão de reais do dinheiro público em jogo nas mãos da tal “iniciativa privada”.

Ironicamente, bem do lado da estação Itaquera, num terreno mais abaixo, estão alojadas temporariamente as instalações de um circo. Sim, literalmente um circo, o “Circo Moscou”, mas sem as invejáveis atrações governamentais presentes acima, no terreno baldio da prefeitura doado para a construtora Odebrecht fabricar o tal estádio. No capitalismo parasitário dos bons amigos, doação de dinheiro público tem o singelo rótulo de “investimento”. E quem paga a conta de tanta rapina amizade?

Futebol é apenas um esporte, independente das paixões envolvendo sua cultura. Todavia, os interesses coletivos básicos da população não deveriam estar acima dos interesses político-econômicos privados? Redondo e cristalino engano! Importante salientar e pontuar a disparidade dos projetos de megaeventos de verniz turístico-eleitoreiro. Há poucos metros do futuro estádio da Odebrecht onde foi feito a celebração da farra com o erário, há uma ocupação localizada nas terras que margeiam um córrego localizado na saída do Metrô Itaquera. Um pontual exemplo da carência estrutural que vive o bairro e esta observação merece maior desdobramento.

2. Itaquera sem mistificação

Com uma população de cerca de 530 mil habitantes, formada por classes C e D, dados da subprefeitura de Itaquera, que compreende Cidade Líder, Itaquera, José Bonifácio e Parque do Carmo. Itaquera não tem a “gente diferenciada” da esterilizada Higienópolis e este bairro da Zona Leste e se limita apenas a ser mais um bairro-dormitório de classe trabalhadora como muitos outros da periferia paulistana. Entre os aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Afonso Penna, em Curitiba, não leva mais do que quarenta e cinco minutos de vôo, comparativamente a distância entre Itaquera até a região central da cidade de São Paulo é realizada em tediosas e exaustivas viagens que levam no mínimo uma hora de relógio (isto é, sem chuvas torrenciais), seja no trânsito engarrafado, seja no metrô superlotado. E quando chove, áreas de alagamento e bolsões de pobreza endêmica expõem a condição de carência crônica do bairro.

O terminal de ônibus localizado nas imediações do metrô batizado oficialmente de “Estação Corinthians-Itaquera”, na verdade um complexo de transporte contendo metrôs, trens e ônibus e taxis. Após banir uma onda de camelôs que ocupava a estação, a administração do metrô loteou a área em pequenas lojas de alvenaria e que aprofundou a canibalização comercial por pontos de vendas e degenerando qualquer suporte para ter uma boa logística de transporte para todos aqueles que chegam de metrô e precisam pegar ônibus e vans, ou vice-versa. Trocando em miúdos, com a concorrência do comércio local, o terminal de ônibus é uma preocupação secundária e os usuários são espremidos de forma humilhante e constrangedora entre as tendas comerciais e os ônibus e vans da SPTRANS, companhia da prefeitura que finge regular e fiscalizar o transporte público em São Paulo. Salvo os usuários que tem que utilizar pontos de ônibus que não tem cobertura sendo um transtorno adicional em períodos de chuva. O sofrimento do usuário é garantido com passagens a três reais para girar a catraca do ônibus e dois reais e noventa centavos para girar a catraca do metrô. Quem tiver o “bilhete único” consegue algum descontinho na empreitada. Os horários de pico é o verdadeiro Inferno de Dante para os usuários. Os gigantescos deslocamentos diários da população itaquerense até os locais de trabalho localizados nas regiões centrais da cidade formam um quadro macroscópico do descompasso pendular entre o mundo da vida privada e o mundo do trabalho.

Para completar a paisagem das imediações do futurístico estádio que representará São Paulo na Copa do Mundo, após anos de indiferença do Poder Público, muitas famílias em situação de precariedade vêm se aglomerando e inflando uma favela nas imediações do terreno presente nas saídas do metrô de Itaquera, na direção centro-bairro. Aliás, como se diz no jargão eufemístico do cínico politicamente correto neoliberal, entre um córrego transformado em esgoto a céu aberto, ratos, insetos e misérias infindáveis, muitas famílias em situação de precariedade vem se consolidando numa “comunidade”.

Ademais, a região de Itaquera, entre outras carências, sofre com o déficit de hospitais públicos. O hospital de referência da região é o superlotado “Santa Marcelina” e sempre envolto com crises sucessivas no atendimento da imensa população que carece passar pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Refletindo a retórica governamental sobre meio ambiente, vale à pena comentar mais um pequeno episódico detalhe de como o bairro de Itaquera é tratado pelo Poder Público. Após a desativação da antiga estação ferroviária de Itaquera, localizada no eixo centro do bairro, no início do ano, uma praça foi instalada em seu lugar. Cabe ressaltar que neste caso, o termo “praça” ou “parque” não passa de um sórdido termo eufemístico. Na realidade, se trata de uma área bisonhamente concretada, sem nenhuma preocupação paisagística, mal iluminada e com algumas pontuais e decorativas árvores solitárias. A tal “praça” ou “parque” é um lugar bizarro, precário e desalentador que mais se parece um cemitério de concreto para sedimentar lixo nuclear no coração de Itaquera. Naturalmente, é perceptível o tratamento diferenciado pelo Poder Público paulista nas diversos bairros de distintas economias locais da cidade de São Paulo. A administração do prefeito Kassab, vem se notabilizando em criar precários parques na cidade como os tais “parques lineares” que vem se espalhando pela zona leste da cidade. Em suma, uma verdadeira orquestração regida pela estupidez e o menosprezo com a população.

3. Futebol como retórica e o preço da Copa

A cidade de São Paulo não precisa de mais estádios de futebol. De fato, carece de investimentos em infra-estrutura e organização para comportar eventos desta natureza. A questão da moradia popular é gritante e urge uma real política urbanística de ocupação do espaço público numa metrópole como São Paulo. Antes da vã euforia dos bajuladores do imediatismo irresponsável, não existe nenhuma correlação entre criar um estádio e desenvolvimento local sustentado. Aliás, o que vem se sustentando por todo o país é uma série de estádios de futebol com orçamentos superfaturados em nome da “Copa do Mundo”. Quase todos sem a menor coesão com a realidade local e que receberão seus respectivos estádios. Tal como os novos que nasceram como velhos estádios, verdadeiros “elefantes brancos”, erguidos pela África do Sul que sediou o a Copa do Mundo de 2010, o estádio itaquerense da Odebrecht é um grande celeiro de desperdício bilionário de dinheiro público. Um exemplo de como o Poder Público relega os cidadãos a último plano e onde o poder econômico é a moeda de troca dos sórdidos interesses imediatistas, de várias estirpes: pessoais, políticos e econômicos.

Antes que um iludido torcedor do time do Parque São Jorge se exalte e reverbere toda sua artilharia psicanalítica típica de que todos estão contra o seu “Timão”, é fundamental entender que o estádio oficialmente será da construtora e com administração compartilhada com o Sport Club Corinthians Paulista. De concreto mesmo é a doação de verbas públicas na construção de um estádio numa área sem infra-estrutura para um evento deste porte, exceto pela miragem publicitária do sucateado metrô. Somente com muito ufanismo e ilusão que o Poder Público poderá transformar o carente bairro de Itaquera com uma propagandeada logística de “Primeiro Mundo” num tempo hábil que possa abrigar razoavelmente os jogos em meados de 2014.

Para os que vivem no bairro, os sinais são claros que absolutamente nada de concreto é (ou será) feito na região. Como o capitalismo age como abutres na carne deteriorada, o que se tem observado na prática é uma absurda corrida especulativa para construção de imóveis domiciliares. Prédios de apartamentos com áreas diminutas e com preços exorbitantes para o padrão de renda da população, além de um acentuado aumento dos aluguéis, o que possivelmente empurrarão mais pessoas para o bairro e afastarão outras de menor poder aquisitivo para regiões anexa a Itaquera. Resultado previsível: o que estava complicado tenderá a se agravar com maior inchaço populacional e na exígua infra-estrutura do bairro de Itaquera.

Vale como um salutar exemplo da fantástica máquina da corrupção e da demagogia política. Itaquera se transforma numa grande farsa dos bons amigos da Copa do Mundo. Na esteira da absoluta conivência das mazelas e corrupção desenfreada dos contratos, o futebol e a população são de longe as menores preocupações dos seus organizadores. O importante é aproveitar ao máximo a superboquinha que o evento trará aos irrequietos dedos e tentáculos da corrupção endêmica no Brasil e do capital externo. Como é possível que Ricardo Teixeira, o imperador perpétuo de uma entidade com a CBF, passe impune a todas as acusações de corrupção e continuar sendo intacto o principal gerente da organização brasileira da Copa de 2014? Por sua vez, até um patético “comunista” ministro dos esportes do Governo Federal é bombardeado por denuncias de corrupção é continua sendo mantido no cargo e tudo se passa como se nada tivesse acontecido. Seria mera coincidência o estreito e estranho laço entre o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, chefe da delegação da Seleção Brasileira na Copa de 2010, e Ricardo Teixeira? Até mesmo, o técnico Mano Menezes, que saiu da direção do time do Parque São Jorge com apenas um título expressivo para clube corintiano e subitamente virou o atual técnico da Seleção Brasileira. Amizades tão frutíferas que o clube sempre lembrado por “não ter estádio”, caiu no colo do seu presidente Sanchez um estádio novinho em folha sem tirar um tostão dos cofres corintianos. Mera coincidência futebolística?

Diante do espetáculo de cinismo e corrupção, o que qualquer habitante de Itaquera realmente pressente é uma velha máxima que muitos torcedores do time do Parque São Jorge gostam de recitar provocando seus adversários quando o juiz tem um papel bem conveniente para o clube numa partida de futebol: “Roubado é mais gostoso!”.


* WELLINGTON FONTES MENEZES é Mestrando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Marília; Bacharel e Licenciado em Física pela Universidade de São Paulo (USP); Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo. Blog: www.wfmenezes.blogspot.com Twitter: http://twitter.com/wfmenezes Contato: wfmenezes@uol.com.br e/ou wfmenezes@marilia.unesp.br

Os Tratamentos de Câncer de Chávez e de Lulla

 (Por Raymundo Araujo Filho no CMI) 

-Reitero que não desejei que Lulla adoecesse e nem desejo a sua morte, a não ser por causas naturais, ou quem sabe, “atropelado” por algum processo revolucionário.
 
A nosologia dos cânceres nos reportam a três causas principais. A primeira nos é dada pela contínua contaminação dos organismos por agentes externos, tipo venenos e substâncias tóxicas de várias origens, causando uma deformação de células, as hipertrofiando e degenerando os tecidos corpóreos. 

A outra (e esta os homeopatas e outras medicinas que não a mecanicista alopática) diz respeito a estados mentais que variam da depressão crônica, a estados de hipertrofia do ego, dando a sensação de intocabilidade do corpo, própria daqueles que se acham acima dos demais seres humanos. Nestes casos, após alguma débâcle, perda de poder ou posição social ou financeira, ou mesmo de um resultado advindo de estados mentais muito hipertrofiados, de forma obssessiva para algum comportamento (rigor moral exagerado e distorcido, cuidados e fobias variadas, execessivas, etc…) 

A terceira, diz respeito a carga genética que trazemos, sendo que estas variam em grau e são acionadas quanto mais os outros itens se manifestem. Isso tudo, a grosso modo. 

Assim, Lulla que nunca demonstrou o menor cuidado com a sua saúde (a não ser os convencionais, muito mais “curativos” do quer preventivos, acaba de ser “premiado” com um câncer na Laringe. Fumante de charutos e cigarros. Bebedor de álcool em boa escala (para ser generoso com ele), alimentando-se de alimentos repletos de gorduras, associado ao seu visível sedentarismo, certamente são as causas mais prováveis neste ex presidente que, ao contrário da maioria do Povo que (des)governou, tem todos os meios para ser mais saudável. 

Já o câncer de Chávez, se não foi obra da CIA, (afinal, ao contrário de Lulla é considerado inimigo dos EUA), tem também algumas das causas acima relacionadas. 

Mas, Chávez foi se tratar em Cuba, país pobre, mas com excelente medicina, como todos sabem (mas alguns direitistas relutam em aceitar), desfrutando de um benefício, mas que, antes dele, cerca de 40 mil venezuelanos desfrutaram e desfrutam anualmente, através de conhecido convênio entre os dois países, e pela primeira vez na história, trocando serviços (saúde) por petróleo, em vez de dinheiro vivo e pago à vista, como é norma internacional, do mundo capitalista. 

Ao que parece, para a tristeza de muitos, o tratamento de Chávez está sendo de pleno êxito, motivo pelo qual ele nem respondeu ao oferecimento arrogante e anti ético que DILLma lhe fez para se tratar no Brasil, não pelo SUS, mas no Hospital Sírio Libanês, da elite brasileira, e onde pobre só entra para ser cobaia, ou servir de troféu, para dizerem que o Hospital que recebeu a maior grana do governo atende pobres. 

Chávez foi digno com seu povo e foi se tratar no mesmo lugar que o povo venezuelano pode usufruir, em várias especialidades (oftalmologia, ortopedia, vitiligo, entre outras), e antes dele. 

Já Lulla, acaba de ser diagnosticado agora com câncer, o foi no hospital Sírio Llibanês (aquele que Chávez cagou um monte), em vez de recorrer ao SUS para onde mandou o povo brasileiro durante anos, cada vez cortando mais verbas da saúde, cujo resultado vemos nos últimos números, que revelam a porcaria e iniqüidade que se encontra este setor no Brasil, malgrado o voluntarismo e dedicação de muitos profissionais da saúde, apesar de não receberem um só aumento na última década, praticamente. Além de verem os seus institutos, literalmente irem para o saco, na sanha privatizante também de Lulla, seguindo as regras do capitalismo internacional, exatamente como seus antecessores e como DiLLma se posiciona (de quatro). 

Espero que Lulla não morra desta terrível doença. Sempre temos a esperança que seres como ele, acostumados a dizerem uma coisa e fazerem outra, insiram neste seu processo em busca da cura de uma doença grave e mortal, uma baita reflexão sobre seus atos políticos, de governo, de suas traições, de roubos pura e simplesmente, do dizer uma coisa e fazer outra, enfim, que reflita em seu processo de cura, no câncer que este cabo Anselmo representa para o Brasil. 

Caso contrário, que vá se tratar no SUS, prá ver o que é bom prá tosse, digo, pro seu Câncer. Leiam as estatísticas do SUS-Câncer no próprio portal do governo federal –  http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/10/26/tcu-mostra-fracasso-do-sus-no-tratamento-contra-cancer 

Blog do Planalto é vítima de defacing

Após as manifestações contra corrupção organizadas através das redes sociais que levaram milhares de pessoas às ruas de Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo nesse feriado de 12 de outubro, a página inicial do Blog do Planalto amanheceu nesse quinta-feira, 13/10, vítima de um ataque de defacing. Técnica na qual o invasor explora vulnerabilidades e bugs em páginas da web para mofificá-las.

Este tipo de ataque configura uma invasão, ao contrário do ataque ataque de DDoS. Funciona como uma pichação. No caso de hoje, os manifestantes inseriram uma foto dos protestos de ontem em Brasília, com a imagem de pessoas varrendo as ruas de Brasília, com as inscrições: “Político deve ser íntegro, incorruptível! Ficha limpa já! Voto aberto no Congresso!

O site do Blog do Planalto é hospedado pela Dataprev e foi retirado do ar por alguns minutos, para correções, mas o acesso já foi normalizado.

O combate

Semana passada, durante a VIII Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos (ICCyber), realizada em Florianópolis, representantes do Exercito Brasileiro, da Polícia Federal, do Serpro e da Presidência da República expuseram estratégias de governo para a segurança e defesa de dados.

Um dos pontos citados de forma unânime pelos debatedores foi a necessidade de um constante trabalho no sentido de colher todo o tipo de informação para antever ataques a informações sigilosas e sabotagens em redes de informação e comunicação. Ulysses Machado, coordenador geral de Informação do Serpro, chegou a explicar que “o governo hoje está atuando no sentido de exercer um controle sobre ataques antes que eles aconteçam”. Uma estrutura adequada, mapeamento dos riscos e um plano de continuidade são essenciais para uma monitoração estratégica adequada.

As redes sociais têm sido importantes fonte de informações, uma vez que possibilitam estudo de grupos e indivíduos em níveis sociais, psicológicos, antropológicos e econômicos. “Nossa equipe tem participado também de grupos de discussão e grupos temáticos para se manter proativa frente às tendências da sociedade e das novidades tecnológicas disponíveis a todos”, esclareceu Machado, segundo informações divulgadas na época pelo próprio Serpro.

A mesma rede que fornece informações também apresenta um dos principais problemas enfrentados pelos órgãos de segurança governamental. “Os criminosos (da Internet) podem estar em qualquer lugar do mundo e contam com contínua evolução técnica”, explica o delegado da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral. Para minimizar este problema, além de manter uma constante evolução técnica do pessoal operacional, os órgãos de defesa de informações brasileiros contam com a troca de informações entre si. Segundo Machado, a Coordenação de Gestão de Segurança da Informação do Serpro vem mantendo avançado diálogo e troca de experiências com os órgãos afins da Polícia Federal, Exército e Presidência da República.

Hoje pela manhã o Serpro, que hospeda outros sites do Governo Federal, não havia registrado nada fora do comum e opera normalmente, no padrão 24×7, ou seja, ininterruptamente.

Fonte: IDGNOW

STJ a serviço do criminoso senador pelo Amapá

Superior Tribunal de Justiça e caca são a mesmíssima coisa? Talvez não. A segunda é efeito de causa natural. Não devemos rebaixar essa ação de limpeza intestinal ao nível de tribunal venal.  Então, a primeira não vale a segunda? Não vale. STJ só lesgila em prol de bandidos do porte do senador José Sarney, e banqueiro escroque. O senador amapaense foi amplamente beneficiado por decisão incontestável da supracitada droga perniciosa a lei, moral e democracia, anulando formalmente ação policial federal no caso Boi de Barrica, tirando a autoridade legítima da corporação, com arrazoado impertinente aos bons valores afiançados pelo Ministério Público. A sociedade civil está à mercê dos maus juízes desse tribunalzinho de meia tigela, “comprados” por político e banqueiro, mercenários.

FC.

In memorian antigo ensino

(Janer Cristaldo)

Pois, meu caro Ricardo, que o ensino decaiu, disto não temos dúvidas. Quando fui lecionar Letras na Universidade Federal de Santa Catarina, nos anos 80, constatei que alunos em final de curso tinham consideravelmente menos formação do que a que tive no ginásio Nossa Senhora do Patrocínio, de Dom Pedrito, anos 60. Para começar, sequer dominavam o vernáculo.

Dizes que hoje nem se sabe quem foi Júlio César. Seria pedir demais. Há alguns anos, fui convidado para uma palestra no Patrocínio. O que muito me comoveu, afinal eu já fizera palestras em Estocolmo, Berlim e em várias cidades brasileiras, menos em Dom Pedrito. O filho da terrinha, que revirara o planetinha, iria agora devolver aos seus um pouco do que lhe fora dado.

Elegi como tema a Guerra Fria, assunto sobre o qual escrevera um livro. O tema era também um gancho para falar do que aprendi em viagens. Após uns dez minutos, me senti falando grego. Ninguém estava entendendo nada. Não sabiam nada da Segunda Guerra, muito menos de Guerra Fria. De Hitler, haviam ouvido falar, afinal o cinema o elegeu como saco universal de pancadas. Sobre Franco, ignorância total. Guerra Civil Espanhola, ni pensar. Getúlio Vargas, não sabiam se fora açougueiro ou alfaiate. Ora, quando adolescente, estes eram os temas usuais de nossos papos em bares e bordéis.

Tive de baixar a bola. Os tempos haviam mudado. Naquele colégio, três décadas atrás, eu discutia as conquistas de Alexandre, as guerras púnicas, a guerra de Tróia, e lia De Bello Galicco no original. Lembro até hoje: Gallia est omnis divisa in partes tres, quarum unam incolunt Belgae, aliam Aquitani, tertiam qui ipsorum lingua Celtae, nostra Galli appellantur. São frases que ficam. A beleza das gurias que bombeávamos – como se dizia então – no footing da praça, nós a medíamos em milihelenos, a capacidade que tem uma mulher de fazer naufragar mil navios.

Já contei em crônicas passadas. Eram dias em que nossas mães queimavam nossas incipientes bibliotecas. Não por censura, mas por temor aos militares. Em verdade, não havia razão para tanto. Mas mãe é mãe. Não gostavam de nos ver reunidos discutindo filosofia. Íamos então para a praça General Osório. Mas as noites de Dom Pedrito, quando fustigadas pelo minuano, são gélidas. O recurso era o bar do Santinho, onde continuávamos discutindo nossas concepções de homem e de mundo. Mas o Santinho fechava lá pelas dez. O último recurso era o bordel.

Visitávamos as moças para continuar discutindo filosofia, desde a maiêutica de Sócrates à enteléquia aristotélica. Por um lado, tínhamos medo de mulher, constituam um mistério que a gente ainda não conhecia. Por outro, mal tínhamos dinheiro para uma cervejinha. Lembro que uma delas era uma defensora efusiva da reforma agrária. Mas nós, como diria Sartre, éramos uma paixão inútil. Com o passar dos dias, colocaram uma atalaia na janela. Mal surgíamos na esquina, fechavam a casa. “Lá vêm os filósofos, dali não sai grana alguma”.

Na biblioteca local, havia desde Platão a Cervantes, passando pelos enciclopedistas. Os livros que nos faltavam, encomendávamos de Montevidéu. Éramos obcecados por leituras, novos conhecimentos. Para desespero dos padres oblatos do Patrocínio, que preferiam que não lêssemos tanto. Por um lado, tínhamos bons professores, que nos excitavam a curiosidade intelectual. Por outro, tínhamos desejo de entender o mundo que nos cercava.

Hoje, parece não mais existir nem bons professores nem desejo de conhecer. A era audiovisual terá muita responsabilidade nisto. Televisão é lazer ao alcance de todos. Na época, só os mais abastados tinham acesso ao aparelho. Por outro lado, não havia todo o bombardeio midiático atual. O lazer disponível era a leitura. Novelas, só existiam as radiofônicas. Na UFSC, anos 80, a discussão das novelas da Globo era assunto corrente no Departamento de Letras.

Costumo afirmar que fora da leitura não há salvação. Na universidade, encontrei professores que não tinham em casa um único livro. Mesmo assim, acho que nem tudo está perdido. Aqui em São Paulo, pelo menos, os pais investem em escolas paralelas. É comum ver crianças estudando inglês em institutos de idiomas. Isso sem falar nos que são enviados pelos pais a estudar no Exterior.

O mercado sempre precisará de profissionais competentes. Se a escola não os forma, eles dão um jeito por conta própria. Hoje, um grande jornal não contrata um repórter que não saiba pelo menos três línguas. Não se concebe um médico que não saiba inglês. Até taxistas já intuíram que falando inglês conseguem aumentar seus ganhos.

Nem tudo está perdido, dizia. Mas quem quiser conhecer pouco ou nada pode esperar da escola. 

– Enviado por Janer @ 9:22 PM

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