Protógenes diz que dará nomes, se confrontado em CPI

Noticias Terra

Marina Mello

Direto de Brasília

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha, disse nesta quarta-feira ter sido informado que membros da CPI das Escutas Telefônicas da Câmara estariam com informações extras sobre a operação. Ele garantiu que, ser for confrontado com tais documentos, não irá se negar a "dar nomes" aos envolvidos.

"Tem a notícia de que os membros da CPI portam alguns documentos, alguns fragmentos da Operação Satiagraha e, se porventura for me apresentado, eu vou dar nomes, vou individualizar condutas, vou dizer o papel de cada pessoa que tem relacionamento com o esquema criminoso montado pelo banqueiro condenado Daniel Dantas", afirmou o delegado.

Ele disse que, em seu depoimento à CPI, marcado para o dia 1º de abril, vai trazer mais detalhes sobre suas investigações do esquema que, segundo ele foi montado pelo banqueiro Daniel Dantas.

O delegado esteve no Senado nesta quarta-feira, onde recebeu apoio de parlamentares que consideram que Protógenes é alvo de injustiça, já que teria passado de investigador para investigado.

 
 
PF prende 2 delegados e 8 policiais em operação em SC
Fabricio Escandiuzzi
Direto de Florianópolis
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira oito policiais e dois delegados durante a Operação Arrastão, desencadeada para combater os crimes de exploração de jogos de azar em municípios de Santa Catarina.
Entre os presos estão o delegado Wilson Carvalho, de Tijucas, e o delegado regional de Brusque, Ademir Braz de Souza. Um policial civil e sete militares, cinco destes da cidade de Tijucas, também estão entre os 21 presos na operação.
Desde o início da manhã, 250 agentes da Polícia Federal cumpriram 19 mandados de prisão preventiva, 46 de busca e apreensão e outros 12 de seqüestro de bens, como automóveis, imóveis e aplicações bancárias. Foram encontrados na casa de um dos suspeitos R$ 3 milhões em dinheiro e cheques, em Brusque, cidade localizada a cerca de 100 km de Florianópolis.
A ação foi desencadeada após investigações do Ministério Público de Santa Catarina. A suspeita é de que o empresário Aleander Müller, apontado como o líder do esquema, teria pago propina a policiais para manter as casas de jogos nas cidades de Brusque, Blumenau, Itapema, Tijucas, Balneário Camboriú e São João Batista.
Todos os suspeitos já foram encaminhados à sede da Polícia Federal em Florianópolis, onde, às 15h, prestavam depoimentos.
De acordo com nota divulgada pelo MP, as investigações iniciaram há um ano para apurar o contrabando de placas de máquinas caça níqueis. No decorrer das apurações foram verificados "indícios de corrupção passiva e ativa de policiais militares e civis".
O delegado-chefe da Polícia Civil, Maurício Eskudlark, comentou sobre o envolvimento de policiais e dois delegados na operação da PF e destacou que espera a apuração do caso para tomar as providências. "Paralelamente estamos investigando a suposta participação de agentes da Polícia Civil neste lamentável episódio para decidirmos qual procedimento adotaremos", destacou.
 

Ex-universitários são condenados por estuprar colega em república

Rose Mary de Souza
Direto de Campinas
Dois ex-universitários foram condenados a sete anos e seis meses de prisão por estuprar uma colega na república Capela, bairro Chácara Primavera, em Campinas (SP). O caso aconteceu em 8 dezembro de 2004 e o processo corre em segredo de Justiça.
Um terceiro acusado pelo envolvimento no estupro foi absolvido por falta de provas. Segundo os autos do processo, a estudante passou por exames no Instituto Medico Legal (IML) de Campinas e em uma clínica particular em São Paulo, onde foi comprovada a violação sexual.
Os três chegaram a ficar presos por alguns dias em abril de 2005, mas respondiam ao inquérito em liberdade. Contra a sentença de condenação ainda cabe recurso na 2ª Vara Criminal de Campinas.
Denúncia
Segundo informações divulgadas na época da denúncia, os envolvidos eram matriculados na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas) e tinham idade entre 20 a 25 anos. A vítima tinha 24 anos e cursava o 3º ano de Arquitetura e Urbanismo, o mesmo curso de dois deles. O terceiro fazia Jornalismo.
A jovem registrou um boletim de ocorrência no 7º Distrito Policial dois dias depois de participar de uma festa de confraternização em uma chácara, no distrito de Barão Geraldo. De acordo com a queixa, a estudante ingeriu uma bebida oferecida pelos três estudantes e se sentiu mal. Eles ofereceram a ela uma carona.
Ela relatou à policia, na ocasião, que só acordou na manhã seguinte na república Capela, sem roupas, com hematomas, arranhões pelo corpo e sem lembrar sobre o que havia ocorrido. Antes, porém, de formalizar um boletim de ocorrência, a estudante chegou a gravar conversas telefônicas com os rapazes. A moça questionou sobre o final da festa, já que não se recordava, e eles falaram que lhe "deram um banho".
Fotos
Com um mandado de busca e apreensão, a polícia apreendeu um computador onde foram encontradas fotografias de festas dos estudantes. As imagens mostravam a estudante sentada, desacordada, seminua e os três rapazes consumindo lança perfume e fumando um suposto cigarro de maconha, também seminus.
No decorrer das investigações, foram ouvidas várias pessoas, entre estudantes e professores, que participaram ou não da festa .A jovem pediu transferência da universidade e se mudou da cidade. A PUC de Campinas informou que nenhum dos envolvidos está matriculado na instituição. Não foram localizados os representantes dos acusados. 
 

PF indicia conselheiro do TCE-RJ acusado de corrupção

 
A Polícia Federal indiciou, na noite de terça-feira, o conselheiro Jonas Lopes de Carvalho, do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ele é acusado de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e formação de quadrilha. É o terceiro integrante da instituição que passa a constar como acusado no inquérito comandado pelo delegado federal Mario Alexandre Veloso.
O ex-presidente do TCE-RJ José Gomes Graciosa e o conselheiro José Nader também foram indiciados. De acordo com a PF, os três integrariam esquema de recebimento de propina para aprovação de contas de municípios do interior do Estado.
Os indícios apurados contra os conselheiros foram levantados na sede da empresa mineira SIM Instituto de Gestão Fiscal, principal alvo da Operação Pasárgada, realizada no ano passado.
O delegado havia confirmado que pretendia indiciar Jonas Lopes assim que tomasse seu depoimento. Segundo ele, no entanto, o conselheiro desmarcou um encontro no início de fevereiro para o seu testemunho e, desde então, driblou as demais tentativas da PF de ouvi-lo.
Mário Veloso ainda recebeu, no início da semana, notas taquigráficas das sessões do plenário do TCE-RJ em que o conselheiro afirmava que não iria prestar depoimento justamente para evitar seu indiciamento.
A defesa do conselheiro havia protocolado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) recurso em que questiona a competência do delegado federal em tomar seu depoimento e mesmo de indiciá-lo.
Segundo os advogados de Jonas Lopes, por suas prerrogativas funcionais, ele só poderia ser ouvido diretamente pelo responsável pelo caso no STJ, ministro Paulo Gallotti.
Especial para Terra

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